Chefe de governo jordaniano renuncia após 6 meses no cargo
A renúncia é atribuída à demora do gabinete na adoção de um pacote de reformas políticas
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2012 às 13h36.
Amã - O chefe de Governo jordaniano , Aun Khasawneh, apresentou nesta quinta-feira sua renúncia, seis meses após ter ocupado o posto com a incumbência de fazer as reformas políticas, informou comunicado da Casa Real jordaniana.
Conforme a nota, o rei Abdullah II, publicou decreto comunicando que aceita a renúncia de Khasawneh, ex-juiz do Tribunal Penal Internacional (TPI).
Khasawneh informou de sua renúncia a partir da Turquia, onde atualmente assiste às celebrações de 50º aniversário da Corte Constitucional do país.
Fontes oficiais consultadas pela Efe atribuíram a renúncia à demora do gabinete na adoção de um pacote de reformas políticas, assim como na elaboração da lei eleitoral aceita por todos os grupos políticos.
Khasawneh, de 62 anos, foi embaixador e representou a Jordânia na Assembleia Geral da ONU, antes de fazer parte, em fevereiro de 2000, do TPI, do qual foi vice-presidente entre 2006 e 2009.
Em 17 de Outubro ele foi nomeado primeiro-ministro por Abdullah II, que pediu a ele acelerar as reformas políticas após destituir Marouf Bakhit em resposta às manifestações contrárias ao Governo.
Jordânia foi palco de protestos frequentes para exigir reformas políticas e o fim da corrupção desde fevereiro de 2011, inspiradas nas revoltas populares de Tunísia e Egito.
O Executivo de Khasawneh era o terceiro no país desde o início dos protestos e tinha perfil tecnocrata caracterizado por sua lealdade ao regime, após o fracasso em convencer a oposição, liderada pelos islamitas, de unir-se ao Gabinete.
Uma das esperadas reformas era a promulgação de uma nova lei eleitoral que garantisse um sistema de representação proporcional no Parlamento.
O projeto legislativo apresentado por Khasawneh apontava para esse objetivo, mas não alcançou êxito, por isso foi rejeitado pelos poderosos da Irmandade Muçulmana jordanianos, através de seu braço político, a Frente de Ação Islâmica (FAI).
Outras reformas adotadas pelo Governo foram a formação de um tribunal constitucional, assim como várias emendas a artigos da Constituição.
A renúncia de Khasawneh pode afundar o país em uma crise política, já que, segundo os analistas, o rei costuma nomear um novo primeiro-ministro antes de aceitar a renúncia do anterior, o que nesta ocasião não ocorreu.
Amã - O chefe de Governo jordaniano , Aun Khasawneh, apresentou nesta quinta-feira sua renúncia, seis meses após ter ocupado o posto com a incumbência de fazer as reformas políticas, informou comunicado da Casa Real jordaniana.
Conforme a nota, o rei Abdullah II, publicou decreto comunicando que aceita a renúncia de Khasawneh, ex-juiz do Tribunal Penal Internacional (TPI).
Khasawneh informou de sua renúncia a partir da Turquia, onde atualmente assiste às celebrações de 50º aniversário da Corte Constitucional do país.
Fontes oficiais consultadas pela Efe atribuíram a renúncia à demora do gabinete na adoção de um pacote de reformas políticas, assim como na elaboração da lei eleitoral aceita por todos os grupos políticos.
Khasawneh, de 62 anos, foi embaixador e representou a Jordânia na Assembleia Geral da ONU, antes de fazer parte, em fevereiro de 2000, do TPI, do qual foi vice-presidente entre 2006 e 2009.
Em 17 de Outubro ele foi nomeado primeiro-ministro por Abdullah II, que pediu a ele acelerar as reformas políticas após destituir Marouf Bakhit em resposta às manifestações contrárias ao Governo.
Jordânia foi palco de protestos frequentes para exigir reformas políticas e o fim da corrupção desde fevereiro de 2011, inspiradas nas revoltas populares de Tunísia e Egito.
O Executivo de Khasawneh era o terceiro no país desde o início dos protestos e tinha perfil tecnocrata caracterizado por sua lealdade ao regime, após o fracasso em convencer a oposição, liderada pelos islamitas, de unir-se ao Gabinete.
Uma das esperadas reformas era a promulgação de uma nova lei eleitoral que garantisse um sistema de representação proporcional no Parlamento.
O projeto legislativo apresentado por Khasawneh apontava para esse objetivo, mas não alcançou êxito, por isso foi rejeitado pelos poderosos da Irmandade Muçulmana jordanianos, através de seu braço político, a Frente de Ação Islâmica (FAI).
Outras reformas adotadas pelo Governo foram a formação de um tribunal constitucional, assim como várias emendas a artigos da Constituição.
A renúncia de Khasawneh pode afundar o país em uma crise política, já que, segundo os analistas, o rei costuma nomear um novo primeiro-ministro antes de aceitar a renúncia do anterior, o que nesta ocasião não ocorreu.