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Chefe de comissão que investiga Lava Jato no Peru renuncia

A renúncia acontece após polêmica por seus supostos vínculos políticos com o governador de Callao detido por receber propina da Odebrecht

Odebrecht: a presidente do Parlamento afirmou que a atitude de seu colega de partido demonstra seu grau de compromisso com as investigações da operação Lava Jato (Sebastian Castaneda/Reuters)

Odebrecht: a presidente do Parlamento afirmou que a atitude de seu colega de partido demonstra seu grau de compromisso com as investigações da operação Lava Jato (Sebastian Castaneda/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de abril de 2017 às 16h53.

Lima - O legislador fujimorista Víctor Albrecht renunciou nesta terça-feira à presidência da comissão parlamentar que investiga a operação Lava Jato no Peru após a polêmica por seus supostos vínculos políticos com o governador de Callao, Félix Moreno, detido por receber propina da Odebrecht.

Em sua carta de renúncia dirigida à presidente do Congresso, Luz Salgado, Albrecht informou que está hospitalizado por ter sido operado recentemente e que demite que "a luta contra a corrupção deve ser transparente e não pode parar".

Albrecht foi secretário geral do partido de Moreno e foi gerente de limpeza pública no município de Callao, entre 2008 e 2009, quando o governador agora detido foi prefeito dessa província, vizinha a Lima.

Salgado confirmou que recebeu a renúncia de Albrecht, o que qualificou de "atitude saudável" porque "não se pode atrasar as investigações", "nem quer colocar as investigações sob nenhuma suspeita .

A presidente do Parlamento acrescentou que a atitude de seu colega de partido demonstra seu grau de compromisso com as investigações da operação Lava Jato, que inclui denúncias de corrupção vinculadas a várias empresas brasileiras no país.

O partido Força Popular, da ex-candidata presidencial Keiko Fujimori, nomeará outro integrante de sua bancada que substituirá Albrecht no cargo, acrescentou Salgado.

A empreiteira Odebrecht admitiu o pagamento de US$ 29 milhões (R$ 91 milhões) em propina no Peru obter a concessão de obras públicas entre 2005 e 2014, período que engloba os governos de Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala.

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