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Chefe da ONU pede diálogo e redução das tensões na Venezuela

Oito pessoas morreram desde o início dos protestos contra o governo de Nicolás Maduro, em 1º de abril, e que continuavam nesta quinta-feira

Antonio Guterres: "Pedimos gestos concretos de todas as partes para reduzir a polarização e criar as condições necessárias para abordar os desafios do país em benefício do povo venezuelano" (Denis Balibouse/Reuters)

Antonio Guterres: "Pedimos gestos concretos de todas as partes para reduzir a polarização e criar as condições necessárias para abordar os desafios do país em benefício do povo venezuelano" (Denis Balibouse/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de abril de 2017 às 18h00.

Última atualização em 20 de abril de 2017 às 18h00.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fez nesta quinta-feira um chamado ao governo e à oposição da Venezuela a retomar o diálogo e a reduzir as tensões, depois de na véspera morrerem três pessoas durante uma jornada de protestos opositores em massa.

"Pedimos gestos concretos de todas as partes para reduzir a polarização e criar as condições necessárias para abordar os desafios do país em benefício do povo venezuelano", indicou Guterres em um comunicado.

Três pessoas morreram na quarta-feira durante confrontos entre a força pública e os manifestantes, que realizaram uma mobilização em massa contra o governo de Nicolás Maduro, a quem responsabilizam pela crise econômica e social que assola o país com as maiores reservas mundiais de petróleo.

No total, oito pessoas morreram desde o início dos protestos em 1º de abril, e que continuavam nesta quinta-feira.

"Estamos preocupados com os recentes acontecimentos na Venezuela e urgimos que sejam realizados todos os esforços para reduzir as tensões e prevenir futuros enfrentamentos", acrescentou o chefe da ONU.

"Pedimos ao governo da Venezuela e à oposição a se comprometerem sinceramente a reativar os esforços de diálogo, especialmente nos temas críticos que já acordaram revisar na agenda, como o equilíbrio de poder entre as os braços do Estado, o calendário eleitoral, os direitos humanos, a verdade, a justiça, e a situação socioeconômica".

As eleições de governadores deveriam ter sido realizadas em 2016, mas foram suspensas e ainda não têm data. As de prefeitos estão marcadas para este ano e as presidenciais para dezembro de 2018.

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