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Chefão do EI foi aluno comportado, mas era ruim em Inglês

Investigação realizada por veículos alemães revelou documentos da vida pessoal de Abu Bakr al-Baghdadi, o temido líder do grupo extremista


	O chefe do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, aparece em vídeo postado em sites jihadistas exigindo lealdade aos muçulmanos
 (AFP/AFP)

O chefe do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, aparece em vídeo postado em sites jihadistas exigindo lealdade aos muçulmanos (AFP/AFP)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 16h38.

São Paulo – Uma investigação conduzida pela equipe dos veículos alemães ARD e Süddeutsche Zeitung (SZ) escavou o passado de um dos homens mais perigosos e procurados do mundo: o autoproclamado califa do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi.

Para tanto, percorreram as ruas de Samarra, sua cidade natal e que fica a 125 quiilômetros de Bagdá, e conseguiram ter acesso aos seus documentos pessoais, como boletim escolar, passaporte da infância e até históricos médicos.

Segundo as informações, al-Baghdadi, cujo nome de nascença é Ibrahim Awad Ibrahim al-Badri, nasceu em um de julho de 1971 e foi o terceiro de quatro filhos. Quando criança, gostava de jogar bola e frequentou a escola. 

O histórico escolar, exibido à equipe por um funcionário que não quis se identificar, o descreve como aluno comportado. Especialmente talentoso em Matemática e Geografia, não era tão desenvolto no Inglês. Em um boletim datado de 1991, ganhou pontos na média final por ser “irmão de um mártir”. 

Desejava estudar Direito, mas as notas obtidas no exame que aprovava alunos para cursar universidades iraquianas não foram boas o suficiente. Optou então por estudar as leis islâmicas em uma instituição de ensino religiosa.

Ódio aos EUA

A equipe teve acesso a documentos que montam um retrato da infância e a adolescência de al-Baghdadi e ilustram também seu processo de radicalização. 

A partir de 2003, ele testemunhou diferentes ataques do exército americano em Bagdá e, por razões não reveladas, foi preso em 2004. Passou dez meses em um campo de prisioneiros que, no fim das contas, foi a sua mais importante escola.

Dividiu cela com extremistas islâmicos, membros da guarda de Saddam Hussein e oficiais da inteligência iraquiana. Foi neste lugar, contou o SZ, que a alta cúpula do EI começou a se formar. Deixou o local no final daquele ano e, em 2006, ajudou a fundar o Estado Islâmico no Iraque (EEI). 

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