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Chávez tenta deixar imagem de doente para trás

Chávez voltará ao cenário internacional na terça-feira no encontro do Mercosul em Brasília, após ficar meses afastado para tratar um câncer

Chávez também deve usar sua viagem ao Brasil para demonstrar a importância da integração recente da Venezuela ao Mercosul, segundo o analista político Farith Fraija (©AFP/Arquivo / Leo Ramirez)
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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2012 às 09h50.

Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez , voltará ao cenário internacional na terça-feira no encontro do Mercosul em Brasília, após ficar meses afastado para tratar um câncer. Recentemente, ele fez um de seus primeiros comícios para um público grande, em que discursos longos suavizaram as preocupações com a doença dele.

Chávez foi diagnosticado com câncer em junho de 2011, mas declarou neste mês, após uma longa série de tratamentos e duas operações em 2011 e 2012, que estava "curado". Durante o tratamento, Chávez, de 58 anos, ficou longe da corrida eleitoral e de eventos regionais importantes, como o encontro das Américas na Colômbia em abril.

Sua presença na reunião do Mercosul vai sinalizar sua volta e conter rumores sobre sua doença, disse Luis Vicente Leon, chefe da Datanalisis, principal instituição de pesquisa da Venezuela. Menos de três meses antes das eleições, "Chávez deve enviar mensagens concretas de sua recuperação para apagar qualquer sombra de dúvida sobre seu futuro", acrescentou.

Chávez tem mais de 15 pontos porcentuais de vantagem sobre seu principal rival, o ex-governador Henrique Capriles, segundo a pesquisa mais recente da Datanalisis. Mas a polarização entre os movimentos pró e anti-Chávez são evidentes nas pesquisas, cujos resultados diferem muito dependendo da instituição que as realiza. A maioria das pesquisas mostram Chávez a frente, mas dão a ele uma liderança de zero a 35% ante Capriles.

Chávez também deve usar sua viagem ao Brasil para demonstrar a importância da integração recente da Venezuela ao Mercosul, segundo o analista político Farith Fraija. O Paraguai, cujo senado barrou a entrada da Venezuela desde 2006, foi suspenso do bloco em junho, após a deposição do presidente Fernando Lugo.

Chávez disse na semana passada que a participação do país "vai abrir um novo horizonte de possibilidades para a América do Sul". A entrada no Mercosul pode fazer parte "do movimento político calculado por Chávez" para ampliar a quantidade de países com governos de esquerda e hostis a Washington na América Latina, afirmou o especialista em relações internacionais Edmundo Gonzalez. A Venezuela tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo. As informações são da Dow Jones.

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Chávez foi diagnosticado com câncer em junho de 2011, mas declarou neste mês, após uma longa série de tratamentos e duas operações em 2011 e 2012, que estava "curado". Durante o tratamento, Chávez, de 58 anos, ficou longe da corrida eleitoral e de eventos regionais importantes, como o encontro das Américas na Colômbia em abril.

Sua presença na reunião do Mercosul vai sinalizar sua volta e conter rumores sobre sua doença, disse Luis Vicente Leon, chefe da Datanalisis, principal instituição de pesquisa da Venezuela. Menos de três meses antes das eleições, "Chávez deve enviar mensagens concretas de sua recuperação para apagar qualquer sombra de dúvida sobre seu futuro", acrescentou.

Chávez tem mais de 15 pontos porcentuais de vantagem sobre seu principal rival, o ex-governador Henrique Capriles, segundo a pesquisa mais recente da Datanalisis. Mas a polarização entre os movimentos pró e anti-Chávez são evidentes nas pesquisas, cujos resultados diferem muito dependendo da instituição que as realiza. A maioria das pesquisas mostram Chávez a frente, mas dão a ele uma liderança de zero a 35% ante Capriles.

Chávez também deve usar sua viagem ao Brasil para demonstrar a importância da integração recente da Venezuela ao Mercosul, segundo o analista político Farith Fraija. O Paraguai, cujo senado barrou a entrada da Venezuela desde 2006, foi suspenso do bloco em junho, após a deposição do presidente Fernando Lugo.

Chávez disse na semana passada que a participação do país "vai abrir um novo horizonte de possibilidades para a América do Sul". A entrada no Mercosul pode fazer parte "do movimento político calculado por Chávez" para ampliar a quantidade de países com governos de esquerda e hostis a Washington na América Latina, afirmou o especialista em relações internacionais Edmundo Gonzalez. A Venezuela tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo. As informações são da Dow Jones.

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