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Chávez e Capriles buscam alternativas para arrecadações

Por conta de denúncias de irregularidades nas campanhas do dois candidatos à presidência da Venezuela, ambos promovem atividades de arrecadação por parte dos cidadãos

Chávez: com o objetivo de arrecadar R$ 11,7 milhões, o "chavismo" impulsionou mecanismos como o programa "um dia de salário pela revolução" (©AFP/Arquivo / Leo Ramirez)
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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2012 às 12h19.

Caracas - O governo da Venezuela e a oposição se movimentam para reunir fundos para a campanha das eleições presidenciais no país, que acontecerão no dia 7 de outubro.

Entre as opções para a arrecadação, estão as rifas, raspadinhas e até potes para depósito de dinheiro por parte de simpatizantes.

As acusações sobre o uso de recursos públicos na candidatura do atual presidente Hugo Chávez e as de financiamento estrangeiro por parte de seu opositor, Henrique Capriles, geraram uma grande polêmica no país.

Por conta das denúncias, ambos os lados promovem atividades de arrecadação por parte dos cidadãos, deixando claro que as eleições de 7 de outubro estão sendo financiadas pelo povo venezuelano.

Com o objetivo de arrecadar 25 milhões de bolívares (R$ 11,7 milhões), o "chavismo" impulsionou mecanismos como o programa "um dia de salário pela revolução", quando a população fornece fundos para campanha de reeleição do atual presidente.

"Toda nossa despesa de campanha sempre conta com a contribuição de nossos militantes, simpatizantes e amigos", disse a Chefe de Governo de Caracas e integrante da comissão de desdobramento e mobilização da campanha de Chávez, Jacqueline Faría.

Segundo Jacqueline, o governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) já arrecadou cerca de 15 milhões de bolívares (cerca de R$ 7 milhões) em doações feitas por militantes. Além disso, "cerca de quatro mil pessoas pagam, em média, 80 bolívares (R$ 38) por mês para a campanha", disse.

"Não paramos. Diariamente recebemos entre 200 mil e 300 mil bolívares (cerca de R$ 95 mil e R$ 141 mil), fruto de contribuições feitas por militantes", detalhou Jacqueline.

Para pagar a publicidade da campanha, que conta com cartazes e anúncios na televisão com a imagem de Chávez, o atual presidente também pretende lançar, em agosto, o chamado "Raspaíto Combativo", um cartão para raspar que, se premiado, dará prêmios como camisetas e canetas.

Com o compromisso de "prestar contas" ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Jacqueline rejeitou as críticas opositoras sobre um suposto uso indevido de fundos do Estado para a campanha.

"É totalmente errado, estamos demonstrando como estamos fazendo e temos nossa questão muito transparente para que possa ser avaliada", disse a dirigente governista, ao denunciar que seus adversários estão sendo financiados por "grandes empresários internacionais e interesses imperiais".

A oposição não concorda com ela. Leopoldo López, coordenador nacional da campanha de Capriles, assegura que o atual presidente "está utilizando descaradamente os fundos de todos os venezuelanos, fundos públicos, para o financiamento da campanha".

"O Governo não tem nenhuma limitação, absolutamente nenhuma para bilhões de dólares no processo de campanha. Não há nenhum controle por parte do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) e também não há nenhuma restrição do fluxo de caixa do petróleo", disse o líder opositor.

A oposição espera reunir fundos com a rifa de um coletivo de transporte público, um táxi, motos, computadores e até cabeças de gado.

Programas arrecadatórios, contas à disposição de simpatizantes nos principais bancos do país e mesmo arrecadação através de voluntários nas ruas são algumas das alternativas dos opositores.

Seja mediante a raspadinhas ou rifas, Chávez e Capriles deverão se esforçar para unir fundos que ajudem a convencer os venezuelanos durante esses três meses que faltam para a eleição.

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As acusações sobre o uso de recursos públicos na candidatura do atual presidente Hugo Chávez e as de financiamento estrangeiro por parte de seu opositor, Henrique Capriles, geraram uma grande polêmica no país.

Por conta das denúncias, ambos os lados promovem atividades de arrecadação por parte dos cidadãos, deixando claro que as eleições de 7 de outubro estão sendo financiadas pelo povo venezuelano.

Com o objetivo de arrecadar 25 milhões de bolívares (R$ 11,7 milhões), o "chavismo" impulsionou mecanismos como o programa "um dia de salário pela revolução", quando a população fornece fundos para campanha de reeleição do atual presidente.

"Toda nossa despesa de campanha sempre conta com a contribuição de nossos militantes, simpatizantes e amigos", disse a Chefe de Governo de Caracas e integrante da comissão de desdobramento e mobilização da campanha de Chávez, Jacqueline Faría.

Segundo Jacqueline, o governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) já arrecadou cerca de 15 milhões de bolívares (cerca de R$ 7 milhões) em doações feitas por militantes. Além disso, "cerca de quatro mil pessoas pagam, em média, 80 bolívares (R$ 38) por mês para a campanha", disse.

"Não paramos. Diariamente recebemos entre 200 mil e 300 mil bolívares (cerca de R$ 95 mil e R$ 141 mil), fruto de contribuições feitas por militantes", detalhou Jacqueline.

Para pagar a publicidade da campanha, que conta com cartazes e anúncios na televisão com a imagem de Chávez, o atual presidente também pretende lançar, em agosto, o chamado "Raspaíto Combativo", um cartão para raspar que, se premiado, dará prêmios como camisetas e canetas.

Com o compromisso de "prestar contas" ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Jacqueline rejeitou as críticas opositoras sobre um suposto uso indevido de fundos do Estado para a campanha.

"É totalmente errado, estamos demonstrando como estamos fazendo e temos nossa questão muito transparente para que possa ser avaliada", disse a dirigente governista, ao denunciar que seus adversários estão sendo financiados por "grandes empresários internacionais e interesses imperiais".

A oposição não concorda com ela. Leopoldo López, coordenador nacional da campanha de Capriles, assegura que o atual presidente "está utilizando descaradamente os fundos de todos os venezuelanos, fundos públicos, para o financiamento da campanha".

"O Governo não tem nenhuma limitação, absolutamente nenhuma para bilhões de dólares no processo de campanha. Não há nenhum controle por parte do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) e também não há nenhuma restrição do fluxo de caixa do petróleo", disse o líder opositor.

A oposição espera reunir fundos com a rifa de um coletivo de transporte público, um táxi, motos, computadores e até cabeças de gado.

Programas arrecadatórios, contas à disposição de simpatizantes nos principais bancos do país e mesmo arrecadação através de voluntários nas ruas são algumas das alternativas dos opositores.

Seja mediante a raspadinhas ou rifas, Chávez e Capriles deverão se esforçar para unir fundos que ajudem a convencer os venezuelanos durante esses três meses que faltam para a eleição.

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