Céticos sobre mudança climática se isolam em hotel em Paris
Para diplomatas e funcionários na cúpula principal, a da ONU, os céticos são homens de ontem
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 09h49.
Paris - Ser um cético quanto às mudanças climáticas esta semana em Paris significa enfrentar probabilidades pesadas.
Milhares de ambientalistas, cientistas e mesmo líderes de grandes empresas que participam das negociações da ONU sobre o clima estão posicionados em Paris para expressar seu compromisso de cortar as emissões provocadas pelo homem, que a esmagadora maioria de cientistas diz que estão provocando o aquecimento do planeta.
Ao contrário de cúpulas anteriores da ONU, onde sua presença era constante, os céticos, em sua maioria norte-americanos, desta vez se viram relegados a reuniões em um hotel no centro de Paris, perseguidos por ativistas em prol de medidas contra as mudanças climáticas.
"Este é o único grupo, essencialmente, que teve de estabelecer espaço próprio e um momento para ser ouvido", disse Jim Lakey, diretor de comunicações do Instituto Heartland, com sede em Chicago, que promove o ceticismo sobre as alterações climáticas provocadas pelo homem.
A “contraconferência” do grupo no Hotel Califórnia preencheu apenas um punhado dos 70 lugares e foi pontuada por gritos de manifestantes. "É cansativo ter de aguentar tudo isso, lidar com ataques constantes", disse Lakey.
Para diplomatas e funcionários na cúpula principal, a da ONU, os céticos são homens de ontem.
"Agora você não ouve muito sobre os céticos", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na segunda-feira, quando abriu a segunda semana de negociações para comprometer tanto nações ricas como pobres com cortes nas emissões de gases do efeito estufa.
Mas há um lugar em que os céticos não são ignorados: em círculos conservadores nos Estados Unidos, onde mantêm uma voz poderosa em um partido republicano abertamente hostil às políticas que impulsionam a mudança de combustíveis fósseis para fontes de energia renováveis.
Legisladores republicanos prometeram bloquear os bilhões de dólares que o presidente Barack Obama se comprometeu a providenciar como ajuda para as nações em desenvolvimento se adaptarem às mudanças climáticas.
Pesquisas mostram que na questão da necessidade de um acordo climático a opinião norte-americana está em grande parte dividida em linhas partidárias.
"O teor do debate em curso nos EUA está sendo observado. Na medida em que esses negadores têm algum papel na criação dessa dinâmica dentro do eleitorado republicano, eles certamente têm um impacto", disse Alden Meyer, diretor de estratégia e política para a União dos Cientistas Preocupados, que, entre outras coisas, procura difundir o consenso científico de que o aquecimento global causado pelo homem é um fato.
Paris - Ser um cético quanto às mudanças climáticas esta semana em Paris significa enfrentar probabilidades pesadas.
Milhares de ambientalistas, cientistas e mesmo líderes de grandes empresas que participam das negociações da ONU sobre o clima estão posicionados em Paris para expressar seu compromisso de cortar as emissões provocadas pelo homem, que a esmagadora maioria de cientistas diz que estão provocando o aquecimento do planeta.
Ao contrário de cúpulas anteriores da ONU, onde sua presença era constante, os céticos, em sua maioria norte-americanos, desta vez se viram relegados a reuniões em um hotel no centro de Paris, perseguidos por ativistas em prol de medidas contra as mudanças climáticas.
"Este é o único grupo, essencialmente, que teve de estabelecer espaço próprio e um momento para ser ouvido", disse Jim Lakey, diretor de comunicações do Instituto Heartland, com sede em Chicago, que promove o ceticismo sobre as alterações climáticas provocadas pelo homem.
A “contraconferência” do grupo no Hotel Califórnia preencheu apenas um punhado dos 70 lugares e foi pontuada por gritos de manifestantes. "É cansativo ter de aguentar tudo isso, lidar com ataques constantes", disse Lakey.
Para diplomatas e funcionários na cúpula principal, a da ONU, os céticos são homens de ontem.
"Agora você não ouve muito sobre os céticos", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na segunda-feira, quando abriu a segunda semana de negociações para comprometer tanto nações ricas como pobres com cortes nas emissões de gases do efeito estufa.
Mas há um lugar em que os céticos não são ignorados: em círculos conservadores nos Estados Unidos, onde mantêm uma voz poderosa em um partido republicano abertamente hostil às políticas que impulsionam a mudança de combustíveis fósseis para fontes de energia renováveis.
Legisladores republicanos prometeram bloquear os bilhões de dólares que o presidente Barack Obama se comprometeu a providenciar como ajuda para as nações em desenvolvimento se adaptarem às mudanças climáticas.
Pesquisas mostram que na questão da necessidade de um acordo climático a opinião norte-americana está em grande parte dividida em linhas partidárias.
"O teor do debate em curso nos EUA está sendo observado. Na medida em que esses negadores têm algum papel na criação dessa dinâmica dentro do eleitorado republicano, eles certamente têm um impacto", disse Alden Meyer, diretor de estratégia e política para a União dos Cientistas Preocupados, que, entre outras coisas, procura difundir o consenso científico de que o aquecimento global causado pelo homem é um fato.