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Cerca de 6.900 guerrilheiros das Farc vão deixar as armas

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, qualificou hoje como "histórico" o momento vivido pelo país

FARC (foto/Getty Images)
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EFE

Publicado em 18 de fevereiro de 2017 às 22h56.

Bogotá- Cerca de 6.900 membros das Farc se concentraram em 26 locais na Colômbia para iniciar seu processo de entrega das armas e desmobilização, disse neste sábado o general Javier Pérez Aquino, chefe dos Observadores Internacionais da Missão da ONU na Colômbia.

O general, que também é coordenador do Mecanismo de Monitoração e Verificação (MM&V) do cessar-fogo bilateral e definitivo, liderou em Água Bonita, que faz parte da Montañita, município do departamento do Caquetá, o ato no qual foram recebidas "as últimas estruturas das Farc" a chegar às áreas transitórias de normalização (ZVTN).

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"Durante estes últimos 19 dias e com a chegada de aproximadamente 300 integrantes das frentes 3, 14 e 15 das Farc-EP a esta ZVTN (...) se permitiu agrupar aproximadamente 6.900 homens e mulheres das Farc-EP, com o percurso de aproximadamente 8.700 quilômetros a pé, em veículos e embarcações e com o acompanhamento permanente dos verificadores do MM&V, e em coordenação com a polícia", afirmou Aquino.

As chuvas nessa região do sul do país atrasaram algumas horas a chegada das frentes 14 e 15, mas a mudança deve ser concluída hoje, com o que se espera se dê por encerrado o movimento dos guerrilheiros.

Aquino lembrou que no dia 28 de janeiro se iniciou o deslocamento dos membros das Farc rumo aos locais nos quais devem entregar as armas para a ONU, encarregada de sua custódia e destruição.

"Esta atividade significou um grande esforço logístico e operacional que se conseguiu graças a uma estreita coordenação do MM&V com as Farc-EP, o Comando Estratégico de Transição, a Unidade de Polícia Especial para a Paz e o Escritório do Alto Comissariado para a Paz, entre outras instâncias", acrescentou o general.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, qualificou hoje como "histórico" o momento vivido pelo país, já que após 52 anos de conflito armado interno, as Farc estão "próximas a seu desarmamento e reinserção". EFE

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