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Cepal: desemprego pode cair na AL em 2011

De acordo com relatório da Cepal e OIT, taxas de desemprego nos países latino americanos devem cair de 0,2% a 0,4% em 2011

América Latina: ponto positivo para avanços em econturismo, agricultura sustentável e formalização de trabalhadores que reciclam resíduos (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2011 às 16h50.

Santiago do Chile - A reativação mostrada pela maioria dos países da América Latina e do Caribe durante o ano passado pode gerar um descenso no desemprego de 0,2% a 0,4% em 2011, assinala um relatório divulgado neste sábado pela Cepal e a OIT.

O estudo ao qual a Agência Efe teve acesso acrescenta que a mesma revitalização permitiu que o desemprego caísse 0,6% durante 2010.

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Tanto a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) concordaram que a alta na demanda interna, impulsionada pelas políticas macroeconômicas que geraram um crescimento em torno de 6% para a região em 2010, incentivou a geração de emprego formal e o aumento da taxa de ocupação.

Segundo o estudo, o êxito das políticas macroeconômicas permitiu também o descenso do desemprego e a alta moderada dos salários reais, uma situação que deve se repetir este ano, mas adverte que o desempenho dos países foi muito desigual.

Além disso, a publicação conjunta da Cepal e da OIT antecipa que a recuperação econômica "não garante um crescimento com trabalho decente a longo prazo".

"Para reforçar a melhora dos indicadores trabalhistas, e gerar mais emprego produtivo e trabalho decente, os países da região devem fortalecer suas políticas macroeconômicas, melhorar a coordenação de políticas em nível regional e global, e reforçar instrumentos que promovam uma maior igualdade", dizem Alicia Bárcena, secretária-geral da Cepal, e Jean Maninat, diretor regional da OIT para a América Latina e o Caribe.

No documento se ressalta que a região, assim como o mundo inteiro, enfrenta o desafio de transformar sua maneira de produzir para desenvolver economias sustentáveis a longo prazo.

Prevê que a mudança climática e o desafio correspondente de desenvolver e fortalecer maneiras de produção e consumo que sejam baixos em emissão de carbono também afetarão a forma de trabalhar.

Por isso, o relatório dedica um capítulo especial à geração de "empregos verdes", definidos como aqueles que contribuem de forma decisiva para alavancar uma economia com menos emissões de carbono.

A Cepal e a OIT explicaram que, embora o debate em torno deste tema seja relativamente recente na região, já existem exemplos concretos, como no caso da Costa Rica, que formulou uma Estratégia Nacional de Mudança Climática que inclui a formação profissional no âmbito da gestão de recursos naturais.

O Brasil aumentou a produção de combustíveis a partir de biomassa e estão sendo construídos imóveis com painéis solares.

O relatório lembra que outros países da região estão avançando em áreas como o ecoturismo, a agricultura sustentável, a infraestrutura para a adaptação à mudança climática e a formalização das pessoas que trabalham na reciclagem de resíduos domésticos.

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