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Cazaquistão recebe reunião da Comunidade Eurasiática

Analista afirmou que "a reunião de amanhã faz parte dos contatos mantidos regularmente entre os presidentes destes três países"

UEE começou a funcionar em 1º de janeiro de 2015 e progressivamente promoverá o livre movimento de bens, de capital, de mão de obra e de serviços (Anatoly Maltsev/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2015 às 14h49.

Astana - Os presidentes de Cazaquistão , Rússia e Belarus celebrarão amanhã em Astana uma reunião tripartite para discutir temas relacionados a União Econômica Eurasiática (UEE), a crise da Ucrânia e as tendências da economia mundial, informaram nesta quinta-feira fontes da presidência cazaque.

O analista político e diretor do "Grupo de Riscos e Avaliação", Dosym Satpayev, disse à Agência Efe, que "a reunião de amanhã faz parte dos contatos mantidos regularmente entre os presidentes destes três países".

"O tema principal do encontro são os problemas de funcionamento da União Econômica Eurasiática", acrescentou Satpayev.

Segundo este analista, "as sanções adotadas pela UE contra a Rússia, por causa do conflito da Ucrânia, estão ocasionando também prejuízos à economia do Cazaquistão e de Belarus".

"As sanções levaram à reexportação da Rússia, o que criou tensões, especialmente entre Rússia e Belarus. A Rússia não só reforçou o controle alfandegário dos produtos bielorrussos, mas também exerceu este controle sobre o trânsito de mercadorias da Belarus ao Cazaquistão, o que provocou descontentamento nestes dois países", acrescentou Satpayev.

Segundo o diretor do "Grupo Riscos e Avaliação", o Cazaquistão proporá restabelecer algumas restrições às importações da Rússia, que, em consequência das sanções da UE, barateou a produção, o que repercutiu em alguns produtos cazaques, tornando-os menos competitivos."

"Muitos especialistas consideram que alguns dos princípios básicos de funcionamento da UEE estão sendo violados, entre eles a liberdade de circulação de mercadorias", acrescentou Dosym Satpayev.

O analista Eduard Poletayev disse à Efe que "a UEE começou a funcionar em um período difícil da economia russa, em consequência da queda dos preços do petróleo e das matérias-primas, além das sanções da UE".

Segundo Poletaev, "há muitas dificuldades na formação de um espaço econômico comum, e a eliminação de barreiras levará tempo".

A União Econômica Euroasiática (UEE), da qual fazem parte como membros de pleno direito Rússia, Cazaquistão, Belarus e Armênia, (o Quirguistão adquirirá este status em maio), começou a funcionar em 1º de janeiro de 2015 e progressivamente promoverá o livre movimento de bens, de capital, de mão de obra e de serviços.

Sobre o conflito da Ucrânia, "os três líderes são favoráveis ao cumprimento dos acordos alcançados no encontro de Minsk", acrescentou Dosym Satpayev.

"É possível que Nazarbayev e Lukashenko proponham novas iniciativas às partes envolvidas na solução do conflito", acrescentou.

Segundo Satpayev, "muitos problemas são devidos à situação na Ucrânia. Todas as partes sabem que se o conflito ucraniano durar mais tempo, a economia da Rússia se ressentirá e por consequência a do Cazaquistão e a de Belarus."

"Os eventos na Ucrânia dividiram a sociedade cazaque, cuja postura oficial é ajudar a encontrar uma solução pacífica ao conflito", concluiu.

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Astana - Os presidentes de Cazaquistão , Rússia e Belarus celebrarão amanhã em Astana uma reunião tripartite para discutir temas relacionados a União Econômica Eurasiática (UEE), a crise da Ucrânia e as tendências da economia mundial, informaram nesta quinta-feira fontes da presidência cazaque.

O analista político e diretor do "Grupo de Riscos e Avaliação", Dosym Satpayev, disse à Agência Efe, que "a reunião de amanhã faz parte dos contatos mantidos regularmente entre os presidentes destes três países".

"O tema principal do encontro são os problemas de funcionamento da União Econômica Eurasiática", acrescentou Satpayev.

Segundo este analista, "as sanções adotadas pela UE contra a Rússia, por causa do conflito da Ucrânia, estão ocasionando também prejuízos à economia do Cazaquistão e de Belarus".

"As sanções levaram à reexportação da Rússia, o que criou tensões, especialmente entre Rússia e Belarus. A Rússia não só reforçou o controle alfandegário dos produtos bielorrussos, mas também exerceu este controle sobre o trânsito de mercadorias da Belarus ao Cazaquistão, o que provocou descontentamento nestes dois países", acrescentou Satpayev.

Segundo o diretor do "Grupo Riscos e Avaliação", o Cazaquistão proporá restabelecer algumas restrições às importações da Rússia, que, em consequência das sanções da UE, barateou a produção, o que repercutiu em alguns produtos cazaques, tornando-os menos competitivos."

"Muitos especialistas consideram que alguns dos princípios básicos de funcionamento da UEE estão sendo violados, entre eles a liberdade de circulação de mercadorias", acrescentou Dosym Satpayev.

O analista Eduard Poletayev disse à Efe que "a UEE começou a funcionar em um período difícil da economia russa, em consequência da queda dos preços do petróleo e das matérias-primas, além das sanções da UE".

Segundo Poletaev, "há muitas dificuldades na formação de um espaço econômico comum, e a eliminação de barreiras levará tempo".

A União Econômica Euroasiática (UEE), da qual fazem parte como membros de pleno direito Rússia, Cazaquistão, Belarus e Armênia, (o Quirguistão adquirirá este status em maio), começou a funcionar em 1º de janeiro de 2015 e progressivamente promoverá o livre movimento de bens, de capital, de mão de obra e de serviços.

Sobre o conflito da Ucrânia, "os três líderes são favoráveis ao cumprimento dos acordos alcançados no encontro de Minsk", acrescentou Dosym Satpayev.

"É possível que Nazarbayev e Lukashenko proponham novas iniciativas às partes envolvidas na solução do conflito", acrescentou.

Segundo Satpayev, "muitos problemas são devidos à situação na Ucrânia. Todas as partes sabem que se o conflito ucraniano durar mais tempo, a economia da Rússia se ressentirá e por consequência a do Cazaquistão e a de Belarus."

"Os eventos na Ucrânia dividiram a sociedade cazaque, cuja postura oficial é ajudar a encontrar uma solução pacífica ao conflito", concluiu.

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