Astana - O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, disse considerar o Irã um "aliado político e econômico" durante a reunião que teve nesta segunda-feira com o ministro das Relações Exteriores do país islâmico, Mohammed Zarif.

"Tive relações de trabalho baseadas na confiança com todos os líderes iranianos. O atual presidente, Hassan Rohani, e eu nos reunimos quatro vezes no ano passado", disse o líder cazaque, segundo um comunicado da presidência.

"Nossos países têm um grande potencial para a cooperação. Está se trabalhando para reativar o projeto da grande rota da seda", acrescentou ele em nota oficial.

Nesta linha, o presidente cazaque fez menção à finalização da ferrovia Cazaquistão-Turcomenistão-Irã, que "ajudará a consolidar os vínculos econômicos entre os países", segundo ele.

Nazarbayev "felicitou" o ministro Zarif pelos resultados das negociações sobre o programa nuclear iraniano realizadas em Lausanne (Suíça).

"Cazaquistão e Irã são países que compartilham posturas em assuntos regionais e internacionais", acrescentou o presidente cazaque.

"Desde a visita, em setembro, do presidente Hassan Rohani ao Cazaquistão, o nível de cooperação comercial e econômica entre ambos os países aumentou", declarou por sua vez o ministro das Relações Exteriores do Irã.

Zarif acrescentou que "a visita de Nursultan Nazarbayev ao Irã ajudará a fortalecer a cooperação econômica entre os dois países".

Previamente, o ministro iraniano se reuniu com seu colega cazaque, Yerlan Idrissov.

A reunião entre os dois ministros ocorreu poucos dias após o Irã e as potências do Grupo 5+1 alcançarem em Lausanne um acordo preliminar sobre a política nuclear de Teerã.

O encontro teve foco "em assuntos de cooperação econômica e comercial", explicou Idrissov.

O titular da Chancelaria iraniana destacou que tanto empresas cazaques como russas - país integrado com o Cazaquistão e Belarus na União Econômica Eurasiática - "estão interessadas em entrar no mercado iraniano".

Isso será possível se prosperar o pré-acordo nuclear negociado na Suíça e cuja implementação abrirá a porta para a suspensão das sanções internacionais contra o regime de Teerã.