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Causa da morte de promotor argentino deve ser divulgada hoje

O secretário de Segurança da Argentina, Sergio Berni, afirmou que "todos os caminhos conduzem ao suicídio"

Alberto Nisman estava em evidência nos últimos dias porque formalizou uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner (REUTERS/Marcos Brindicci)

Alberto Nisman estava em evidência nos últimos dias porque formalizou uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner (REUTERS/Marcos Brindicci)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 13h32.

São Paulo - Os primeiros resultados da necropsia para apontar a causa da morte do promotor argentino promotor federal argentino Alberto Nisman devem sair ainda hoje, disse a responsável pelas investigações, Viviana Fein, segundo a imprensa argentina.

O secretário de Segurança da Argentina, Sergio Berni, afirmou que a presidente Cristina Kirchner está ciente da morte do promotor e destacou que, dadas as circunstâncias, "todos os caminhos conduzem ao suicídio".

O corpo de Nisman foi encontrado na noite de ontem em seu apartamento em Buenos Aires, ao lado de uma arma calibre 22. De acordo com Viviana, Nisman apresentava apenas um ferimento a bala, que a imprensa argentina afirma ter sido na cabeça.

Viviana chegou a confirmar que a morte foi ocasionada por um disparo de arma de fogo, mas ressaltou que vai esperar os resultados da necropsia para que se possa saber a "causa determinante" do falecimento.

Também deverá ser feito um exame para verificar se há presença de pólvora na mão de Nisman e determinar se ele "efetivamente fez o disparo", disse Berni, segundo o jornal Clarín.

De acordo com Viviana Fein, não foi encontrada nenhuma carta no apartamento de Nisman que justifique o suposto suicídio e não há testemunhas da morte. Ela ainda destacou que o falecimento ocorreu antes do jantar.

Alberto Nisman estava em evidência nos últimos dias porque, na última quarta-feira (14), formalizou uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner e o chanceler Héctor Timerman por supostamente terem negociado um plano para garantir impunidade e "acobertar fugitivos iranianos".

O caso trata dos acusados do ataque terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 18 de julho de 1994, que deixou 85 mortos e mais de 200 feridos. O promotor também suspeitava de participação do governo iraniano e do grupo Hezbollah no atentado.

Segundo o Clarín, ao comentar o caso, Alberto Nisman afirmou ao jornal: "Só posso sair morto disso."

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