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Catástrofes obrigam governo do Japão a reduzir previsão do PIB

Devido às repercussões na economia do terremoto, do tsunami e do acidente nuclear, o governo japonês cortou de 1,5% para 0,5% a previsão de crescimento do país

A economia do Japão entrou em recessão no primeiro trimestre, e o segundo também deve ser de crescimento negativo (Ken Shimizu/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2011 às 11h15.

Tóquio - O governo japonês cortou nesta sexta-feira em um ponto percentual, de 1,5% para 0,5%, sua previsão de crescimento do PIB do atual ano orçamentário (abril 2011- março 2012), devido às repercussões na economia do terremoto, do tsunami e do acidente nuclear de março passado.

A nova estimativa se aproxima da do Banco do Japão (BoJ, banco central), que reduziu a sua no mês passado, de 0,6% a 0,4%, devido ao impacto das catástrofes nas empresas, nas exportações e no consumo interno da terceira maior economia mundial.

"As opiniões do governo e do Banco do Japão coincidem", comentou com certa satisfação o governador do BoJ, Masaaki Shirakawa.

"A economia de nosso país sofreu uma contração do PIB entre janeiro e março, devido ao impacto do grande terremoto no nordeste", indicou o Governo em um comunicado, no qual reconhece que "o ritmo de crescimento foi mais fraco que o previsto nas estimativas anteriores".

"O terremoto danificou instalações de produção nas zonas devastadas e provocou uma queda importante da produção nacional", acrescentou.

"O consumo também caiu, pela deterioração da confiança dos cidadãos", prosseguiu o comunicado.

A atividade econômica tende a se restabelecer, mas a queda brutal de março afundou a produção em setores-chave, como o automobilístico e o eletrônico. Toda a cadeia industrial, assim como as exportações, sentiram o golpe.

O terremoto e o tsunami de março deixaram 20 mil mortos e desaparecidos no nordeste e levaram os japoneses a reduzir seus gastos durante várias semanas por prudência, o que afetou o consumo interno, um dos principais motores do PIB japonês.

O tsunami também provocou um acidente nuclear na central nuclear de Fukushima, que o governo obrigou a fechar 75% dos reatores do país, reduzindo assim o consumo de energia elétrica e a atividade econômica.

A economia japonesa entrou em recessão no primeiro trimestre, o segundo deve registrar também um crescimento negativo. Os dados oficiais sobre o PIB serão divulgados no dia 15 de agosto.

O país também é atingido pela força do iene frente ao dólar e ao euro, que freia a competitividade dos produtos japoneses e favorece seus rivais, em particular os sul-coreanos, nos mercados internacionais.

Uma moeda forte favorece, em troca, as importações e a aquisição de empresas estrangeiras, mas em todo caso a economia japonesa vive sob a ameaça da desindustrialização, da degradação do mercado de trabalho, da redução do consumo interno e de uma deflação crônica.

"É preciso estarmos atentos para o risco de fuga de empresas e de mão de obra", apontou o Governo.

Apesar deste panorama, as autoridades apostam em uma recuperação da atividade no outono boreal, graças às obras de reconstrução do país.

O Governo prevê um crescimento do Produto Interno Bruno (PIB) de 2,7% a 2,9% no ano fiscal que começa em abril de 2012.

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Tóquio - O governo japonês cortou nesta sexta-feira em um ponto percentual, de 1,5% para 0,5%, sua previsão de crescimento do PIB do atual ano orçamentário (abril 2011- março 2012), devido às repercussões na economia do terremoto, do tsunami e do acidente nuclear de março passado.

A nova estimativa se aproxima da do Banco do Japão (BoJ, banco central), que reduziu a sua no mês passado, de 0,6% a 0,4%, devido ao impacto das catástrofes nas empresas, nas exportações e no consumo interno da terceira maior economia mundial.

"As opiniões do governo e do Banco do Japão coincidem", comentou com certa satisfação o governador do BoJ, Masaaki Shirakawa.

"A economia de nosso país sofreu uma contração do PIB entre janeiro e março, devido ao impacto do grande terremoto no nordeste", indicou o Governo em um comunicado, no qual reconhece que "o ritmo de crescimento foi mais fraco que o previsto nas estimativas anteriores".

"O terremoto danificou instalações de produção nas zonas devastadas e provocou uma queda importante da produção nacional", acrescentou.

"O consumo também caiu, pela deterioração da confiança dos cidadãos", prosseguiu o comunicado.

A atividade econômica tende a se restabelecer, mas a queda brutal de março afundou a produção em setores-chave, como o automobilístico e o eletrônico. Toda a cadeia industrial, assim como as exportações, sentiram o golpe.

O terremoto e o tsunami de março deixaram 20 mil mortos e desaparecidos no nordeste e levaram os japoneses a reduzir seus gastos durante várias semanas por prudência, o que afetou o consumo interno, um dos principais motores do PIB japonês.

O tsunami também provocou um acidente nuclear na central nuclear de Fukushima, que o governo obrigou a fechar 75% dos reatores do país, reduzindo assim o consumo de energia elétrica e a atividade econômica.

A economia japonesa entrou em recessão no primeiro trimestre, o segundo deve registrar também um crescimento negativo. Os dados oficiais sobre o PIB serão divulgados no dia 15 de agosto.

O país também é atingido pela força do iene frente ao dólar e ao euro, que freia a competitividade dos produtos japoneses e favorece seus rivais, em particular os sul-coreanos, nos mercados internacionais.

Uma moeda forte favorece, em troca, as importações e a aquisição de empresas estrangeiras, mas em todo caso a economia japonesa vive sob a ameaça da desindustrialização, da degradação do mercado de trabalho, da redução do consumo interno e de uma deflação crônica.

"É preciso estarmos atentos para o risco de fuga de empresas e de mão de obra", apontou o Governo.

Apesar deste panorama, as autoridades apostam em uma recuperação da atividade no outono boreal, graças às obras de reconstrução do país.

O Governo prevê um crescimento do Produto Interno Bruno (PIB) de 2,7% a 2,9% no ano fiscal que começa em abril de 2012.

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