Mundo

Catalunha tem dia de greve geral após confusão em referendo

A mobilização protesta contra a atuação policial no último domingo, que tentou reprimir o referendo ilegal de independência

O Governo da Catalunha realizou no último domingo, um referendo separatista (Yves Herman/Reuters)

O Governo da Catalunha realizou no último domingo, um referendo separatista (Yves Herman/Reuters)

E

EFE

Publicado em 3 de outubro de 2017 às 06h28.

Barcelona - A região espanhola da Catalunha enfrenta nesta terça-feira uma greve geral respaldada pelos principais sindicatos e organizações pró-independência, em protesto pela atuação policial do último domingo contra o referendo ilegal de independência.

A convocação está tendo um seguimento "muito elevado" em setores como o transporte, comércio, estiva e agricultura, segundo os sindicatos minoritários, impulsores da mobilização, que a qualificaram de "greve geral".

Mas os sindicatos maioritários, UGT e CC.OO, que são caráter estatal, que se somaram ao protesto, a denominaram "greve no país".

Um total de 24 manifestações fecharam o tráfego em várias vias da Catalunha, provocando retenções, em alguns casos, de mais de 10 quilômetros, segundo o Serviço Catalão de Transporte.

O Governo da Catalunha realizou no último domingo, um referendo separatista, declarado ilegal pelo Tribunal Constitucional, do qual, segundo o executivo catalão, participaram 2,2 milhões de pessoas.

Durante o dia, aconteceram acusações policiais e despejos de colégios eleitorais por ordem judicial para evitar a votação, que deixaram mais de 800 feridos, dois deles em estado grave, segundo o governo catalão.

Inicialmente o protesto foi convocado para mostrar a rejeição pelas prisões e registros policiais da semana passada para evitar o referendo, mas a ação da polícia no último domingo motivou a mudança do sentido do protesto.

O Governo regional da Catalunha (Generalitat), que já tinha estabelecido uns serviços mínimos para a greve inicial, os rebaixou, de modo que em setores importantes como ferrovia, metrô e ônibus de Barcelona ficam sensivelmente reduzidos, da 50% para 25%.

Espera-se que a greve tenha impacto no transporte público, assim como em outros setores como na administração pública, educação e saúde.

No entanto, UGT e CC.OO da Catalunha preveem que a greve tenha uma incidência mais baixa na indústria. De fato, a principal empresa industrial da Catalunha, a automobilística Seat, planeja manter sua atividade normalmente.

Acompanhe tudo sobre:CatalunhaCrise políticaEspanha

Mais de Mundo

Kremlin critica plano europeu e diz que Ucrânia rejeita paz

Papa Francisco tem noite tranquila, mas Vaticano mantém cautela sobre saúde

Zelensky diz que Ucrânia está pronta para assinar acordo sobre minerais com EUA

Astronauta do Paquistão será o primeiro estrangeiro a visitar a estação espacial chinesa Tiangong