Catalunha diz "sim" à independência em votação informal
Apesar do veto de Madri, autoridades da região realizaram uma consulta na qual 80% dos participantes se manifestaram pela separação entre Catalunha e a Espanha
Gabriela Ruic
Publicado em 10 de novembro de 2014 às 11h55.
São Paulo – Desafiando o governo da Espanha , as autoridades da Catalunha realizaram no último domingo uma polêmica votação sobre a independência da região, mas em caráter não oficial.
Nesta manhã, depois de finalizada a apuração, foi anunciado que, no que depender de 80,7% da população participou da consulta, a região deve se tornar independente.
No total, 2,305 milhões de pessoas compareceram às urnas para responder se desejavam que a Catalunha se tornasse um Estado. Na ocasião de responderem que sim, deveriam depois se manifestar se acreditavam que este Estado deveria ser independente do resto da Espanha.
De acordo com os números divulgados pelo governo da região, apenas 4,5% dos votantes declararam que não desejam ver a separação se concretizar.
Em Barcelona, participaram do pleito quase 1,5 milhão de pessoas e o percentual daqueles que votaram a favor da independência foi de 77,5%. A expectativa era a de que 5,4 milhões, dos 7,5 milhões de cidadãos da Catalunha, comparecessem para votar.
Apesar de ser representativo, o resultado não terá qualquer validade perante o governo da Espanha. A votação havia sido suspensa pelo Tribunal Constitucional espanhol, que considerou por unanimidade que a consulta popular era inconstitucional.
Mesmo assim, o governo catalão, liderado pelo presidente catalão Arthur Mas, foi em frente com o “processo de participação cidadã”. “Tem valor político, mas não é um referendo”, disse ele na semana passada. “É um processo que tenta conhecer a opinião do povo da Catalunha sobre o futuro político do país”, concluiu.
Na noite de ontem, enquanto Mas comemorava a votação e pedia ao presidente da Espanha, Mariano Rajoy, que permita um referendo oficial em breve, o governo espanhol não se mostrou entusiasmado com o resultado.
Em comunicado oficial, o ministro da Justiça, Rafel Catalá, declarou que os cidadãos da Catalunha foram incentivados a participar de uma consulta “estéril e inútil”. Para ele, a votação era uma forma de Mas mascarar seu fracasso pessoal. Informou ainda que as responsabilidades penais dos envolvidos estão sendo avaliadas e que as medidas legais pertinentes serão tomadas.
São Paulo – Desafiando o governo da Espanha , as autoridades da Catalunha realizaram no último domingo uma polêmica votação sobre a independência da região, mas em caráter não oficial.
Nesta manhã, depois de finalizada a apuração, foi anunciado que, no que depender de 80,7% da população participou da consulta, a região deve se tornar independente.
No total, 2,305 milhões de pessoas compareceram às urnas para responder se desejavam que a Catalunha se tornasse um Estado. Na ocasião de responderem que sim, deveriam depois se manifestar se acreditavam que este Estado deveria ser independente do resto da Espanha.
De acordo com os números divulgados pelo governo da região, apenas 4,5% dos votantes declararam que não desejam ver a separação se concretizar.
Em Barcelona, participaram do pleito quase 1,5 milhão de pessoas e o percentual daqueles que votaram a favor da independência foi de 77,5%. A expectativa era a de que 5,4 milhões, dos 7,5 milhões de cidadãos da Catalunha, comparecessem para votar.
Apesar de ser representativo, o resultado não terá qualquer validade perante o governo da Espanha. A votação havia sido suspensa pelo Tribunal Constitucional espanhol, que considerou por unanimidade que a consulta popular era inconstitucional.
Mesmo assim, o governo catalão, liderado pelo presidente catalão Arthur Mas, foi em frente com o “processo de participação cidadã”. “Tem valor político, mas não é um referendo”, disse ele na semana passada. “É um processo que tenta conhecer a opinião do povo da Catalunha sobre o futuro político do país”, concluiu.
Na noite de ontem, enquanto Mas comemorava a votação e pedia ao presidente da Espanha, Mariano Rajoy, que permita um referendo oficial em breve, o governo espanhol não se mostrou entusiasmado com o resultado.
Em comunicado oficial, o ministro da Justiça, Rafel Catalá, declarou que os cidadãos da Catalunha foram incentivados a participar de uma consulta “estéril e inútil”. Para ele, a votação era uma forma de Mas mascarar seu fracasso pessoal. Informou ainda que as responsabilidades penais dos envolvidos estão sendo avaliadas e que as medidas legais pertinentes serão tomadas.