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Casos de pólio no mundo ficam em baixa no ano de 2012

De janeiro a outubro deste ano foram registrados 177 novos casos no mundo, contra 502 casos do mesmo período de 2011


	Funcionária dos serviços de saúde dá vacina a criança em Peshawar, no Paquistão: a recusa de muitos pais em vacinar os filhos no país é um dos obstáculos para eliminar a doença
 (A. Majeed/AFP)

Funcionária dos serviços de saúde dá vacina a criança em Peshawar, no Paquistão: a recusa de muitos pais em vacinar os filhos no país é um dos obstáculos para eliminar a doença (A. Majeed/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2012 às 13h19.

Washington - O número de casos de poliomielite no mundo nunca foi tão baixo como no ano de 2012. Segundo informações de especialistas reunidos em Atlanta, na Geórgia (sudeste dos Estados Unidos), na conferência anual da American Society of Tropical Medicine and Hygiene (ASTMH), este fato dá a esperança de erradicação da doença.

De janeiro a outubro deste ano foram registrados 177 novos casos no mundo, contra 502 casos do mesmo período do ano passado, de acordo com virologistas.

Os médicos identificaram os obstáculos que ainda enfrentam para eliminar totalmente a doença, como a duplicação do número de casos este ano na Nigéria e a recusa de muitos pais em vacinar os filhos no Paquistão.

Nigéria, Paquistão e Afeganistão são os únicos países onde a polio é endêmica e onde as organizações internacionais concentram seus maiores esforços.

No Paquistão, o tipo do vírus em circulação no país, conhecido como Tipo 3, está perto de ser eliminado, informou na conferência o Dr. Steven Wassilak, virologista dos Centros Federais de Controle e Prevenção de Doenças (CDC em inglês).

Este tipo não foi detectado nos últimos seis meses, período mais longo já registrado até hoje, indicou Wassilak.

Mas a oposição dos pais à vacina é o maior empecilho para eliminar por completo a poliomielite no Paquistão, apontou a Dra. Anita Zaidi, pediatra da Universidade de Aga Khan de Karachi (sul), que ressaltou os grandes progressos na imunização das zonas rurais.

Esta rejeição é alimentada pelos imãs, que afirmam que a vacina contra a pólio é uma conspiração dos países ocidentais para reduzir a população muçulmana, explicou Zaidi.

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