Caso Assange: Equador denuncia ameaça do Reino Unido
A comunicação oficial britânica adverte para a possibilidade que as autoridades inglesas ''possam invadir'' a sede diplomática equatoriana
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2012 às 20h11.
Quito - O Equador denunciou nesta quarta-feira que recebeu um relatório do governo do Reino Unido que ameaça tomar ações para prender Julian Assange, o fundador do Wikileaks, que pediu asilo ao país andino e se encontra na embaixada equatoriana em Londres.
A informação foi confirmada pelo chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, em entrevista coletiva na qual ratificou que, se isso ocorrer, seu país tomará ações contundentes para frear essa violação das normas internacionais.
A comunicação oficial britânica, anunciada hoje à embaixadora do Equador em Londres, Ana Albán, adverte para a possibilidade que as autoridades inglesas ''possam invadir'' a sede diplomática equatoriana, ressaltou Patiño.
O chanceler equatoriano, que revelou que o governo equatoriano anunciará amanhã a resposta ao pedido de asilo formulado por Assange, classificou a posição britânica como um ''ato hostil e pouco amistoso'' que viola ''expressas normas internacionais''.
Segundo Patiño, as autoridades britânicas justificaram suas pretensões em uma lei sobre instalações diplomáticas de 1987, mas disse que esse tipo de argumentos é inadmissível, tanto no âmbito jurídico como no político.
Além disso, indicou que, de acordo com a normativa internacional, as sedes diplomáticas ''são invioláveis'' e que nenhuma autoridade de um Estado receptor pode invadi-las.
Também comentou que pedirá a convocação de uma reunião urgente do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e também da Organização dos Estados Americanos (OEA) para tratar ''esta ameaça'' a um país latino-americano.
''Nós não somos uma colônia britânica'', disse o chanceler após afirmar que ''os tempos da colônia terminaram''.
Por sua parte, o Reino Unido indicou que tem a ''obrigação legal'' de extraditar Assange à Suécia, como decidiu a Suprema Corte britânica, máxima instância judicial do país.
''Deixamos claro em nossas conversas com o governo equatoriano que o Reino Unido tem a obrigação legal de extraditar Assange à Suécia para que responda às acusações de delitos sexuais'', declarou uma porta-voz do Ministério britânico de Exteriores. ''Estamos decididos a cumprir esta obrigação'', completou.
No último dia 20 de junho, a Scotland Yard avisou que o fundador do Wikileaks será detido se abandonar a embaixada do Equador em Londres já que violou as condições de sua prisão domiciliar.
Assange estava obrigado a permanecer no domicílio estabelecido de Norfolk, uma casa emprestada por um amigo no leste da Inglaterra, entre as 21h e as 7h, e no dia 19 de junho Assange se apresentou na embaixada equatoriana, onde permanece desde então.
Desde que foi detido no Reino Unido, em dezembro de 2010, a defesa de Assange tentou por todos os meios evitar sua entrega a Suécia por temor que fosse extraditado dali para os Estados Unidos, o país mais prejudicado pela difusão de milhares de documentos diplomáticos secretos por meio do Wikileaks.
O fundador do Wikileaks é reinvidicado pela Suécia por suposto assédio e estupro a duas mulheres às quais conheceu durante uma viagem a Estocolmo em agosto de 2010, com as quais ele assegura ter mantido relações sexuais consentidas.
Quito - O Equador denunciou nesta quarta-feira que recebeu um relatório do governo do Reino Unido que ameaça tomar ações para prender Julian Assange, o fundador do Wikileaks, que pediu asilo ao país andino e se encontra na embaixada equatoriana em Londres.
A informação foi confirmada pelo chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, em entrevista coletiva na qual ratificou que, se isso ocorrer, seu país tomará ações contundentes para frear essa violação das normas internacionais.
A comunicação oficial britânica, anunciada hoje à embaixadora do Equador em Londres, Ana Albán, adverte para a possibilidade que as autoridades inglesas ''possam invadir'' a sede diplomática equatoriana, ressaltou Patiño.
O chanceler equatoriano, que revelou que o governo equatoriano anunciará amanhã a resposta ao pedido de asilo formulado por Assange, classificou a posição britânica como um ''ato hostil e pouco amistoso'' que viola ''expressas normas internacionais''.
Segundo Patiño, as autoridades britânicas justificaram suas pretensões em uma lei sobre instalações diplomáticas de 1987, mas disse que esse tipo de argumentos é inadmissível, tanto no âmbito jurídico como no político.
Além disso, indicou que, de acordo com a normativa internacional, as sedes diplomáticas ''são invioláveis'' e que nenhuma autoridade de um Estado receptor pode invadi-las.
Também comentou que pedirá a convocação de uma reunião urgente do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e também da Organização dos Estados Americanos (OEA) para tratar ''esta ameaça'' a um país latino-americano.
''Nós não somos uma colônia britânica'', disse o chanceler após afirmar que ''os tempos da colônia terminaram''.
Por sua parte, o Reino Unido indicou que tem a ''obrigação legal'' de extraditar Assange à Suécia, como decidiu a Suprema Corte britânica, máxima instância judicial do país.
''Deixamos claro em nossas conversas com o governo equatoriano que o Reino Unido tem a obrigação legal de extraditar Assange à Suécia para que responda às acusações de delitos sexuais'', declarou uma porta-voz do Ministério britânico de Exteriores. ''Estamos decididos a cumprir esta obrigação'', completou.
No último dia 20 de junho, a Scotland Yard avisou que o fundador do Wikileaks será detido se abandonar a embaixada do Equador em Londres já que violou as condições de sua prisão domiciliar.
Assange estava obrigado a permanecer no domicílio estabelecido de Norfolk, uma casa emprestada por um amigo no leste da Inglaterra, entre as 21h e as 7h, e no dia 19 de junho Assange se apresentou na embaixada equatoriana, onde permanece desde então.
Desde que foi detido no Reino Unido, em dezembro de 2010, a defesa de Assange tentou por todos os meios evitar sua entrega a Suécia por temor que fosse extraditado dali para os Estados Unidos, o país mais prejudicado pela difusão de milhares de documentos diplomáticos secretos por meio do Wikileaks.
O fundador do Wikileaks é reinvidicado pela Suécia por suposto assédio e estupro a duas mulheres às quais conheceu durante uma viagem a Estocolmo em agosto de 2010, com as quais ele assegura ter mantido relações sexuais consentidas.