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Casa de policial que teve contato com ex-espião russo é isolada

Agentes avisaram na noite de ontem aos moradores de Alderhot que ampliaram as investigações para os arredores da casa do detetive

Ataque no Reino Unido: detetive Nick Bailey foi internado por ter estado em contato com o agente nervoso que envenenou o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha, Yulia (Peter Nicholls/Reuters)

Ataque no Reino Unido: detetive Nick Bailey foi internado por ter estado em contato com o agente nervoso que envenenou o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha, Yulia (Peter Nicholls/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de março de 2018 às 18h00.

Londres - A Polícia do Reino Unido isolou nesta quinta-feira a casa do detetive Nick Bailey, internado por ter estado em contato com o agente nervoso que envenenou o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha, Yulia, informou a imprensa local.

A investigação agora chega à cidade inglesa de Alderhort, de 3 mil habitantes, a cerca de meia hora de carro de Salisbury, onde Skripal e a filha foram encontrados inconscientes.

Os agentes avisaram na noite de ontem aos moradores de Alderhot que ampliaram as investigações para os arredores da casa do detetive. Na manhã de hoje, o local foi isolado.

Segundo vizinhos, os agentes montaram tendas em frente à casa de Bailey. Depois, levaram os carros do detetive e da mulher dele.

Apesar disso, os especialistas mantêm que a população não deve se alarmar porque as recomendações feitas pelo governo sobre os riscos de contaminação na região foram mantidos. Eles afirmam, portanto, que não há risco para os cidadãos.

Bailey fou um dos primeiros a chegar no local onde Skripal e Yulia foram encontrados inconscientes. Após ter contato com ambos, o detetive foi examinado por médicos, que lhe deram alta.

Horas depois, quando já estava em casa, Bailey deu entrada no setor de urgência de um hospital próximo por estar sentindo muito mal e foi internado com suspeita de envenenamento.

O envenenamento de Skripal com um agente nervoso causou uma crise diplomática internacional, já que o Reino Unido, apoiado por Estados Unidos, França e Alemanha, acusa a Rússia de estar por trás deste ataque, o primeiro desse tipo em território europeu desde a Segunda Guerra Mundial.

O Kremlin nega todas as denúncias e expressou em comunicado oficial "grande preocupação" pela posição "destrutiva e provocativa" assumida pelo Reino Unido no caso.

O Reino Unido exigiu a saída de 23 funcionários da embaixada russa do país. O Kremlin anunciou que irá responder às ações da diplomacia britânica.

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