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Casa Branca sabia que assessor de Trump era investigado

Segundo o "The New York Times", Mike Flynn foi nomeado como conselheiro de segurança apesar de ter informado sobre a investigação

Mike Flynn: ele acabou sendo demitido 24 dias após ter tomado posse (Carlos Barria/Reuters)

Mike Flynn: ele acabou sendo demitido 24 dias após ter tomado posse (Carlos Barria/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de maio de 2017 às 11h03.

Mike Flynn, o conselheiro de segurança nacional de Donald Trump demitido, havia informado a equipe de transição do então presidente eleito que era alvo de uma investigação federal, mas, ainda assim, foi nomeado para o cargo, revelou o "The New York Times".

O jornal, citando duas fontes familiarizadas com o caso, informou na quarta-feira à noite que Flynn havia dito ao advogado da equipe de transição presidencial, Don McGahn, sobre a investigação em 4 de janeiro, semanas antes de assumir o cargo.

Flynn, que acabou sendo demitido 24 dias após ter tomado posse, está no centro de uma investigação federal sobre a interferência russa na última eleição presidencial dos Estados Unidos.

Oficialmente, a Casa Branca indicou que Flynn foi demitido por omitir uma conversa por telefone com o embaixador russo, durante a qual supostamente discutiram maneiras de aliviar as sanções americanas sobre a Rússia.

Segundo relatos da imprensa, Trump tentou em várias ocasiões, sem sucesso, fazer com o que o então diretor do FBI, James Comey, suspendesse a investigação sobre Flynn.

Trump finalmente demitiu Comey na semana passada, em uma manobra que segundo especialistas jurídicos poderia lançar as bases para uma investigação por obstrução da justiça contra o presidente.

General condecorado, Flynn foi demitido pelo governo de Barack Obama do cargo de chefe da Agência de Inteligência da Defesa.

Alguns veículos americanos informaram que logo após as eleições de novembro, Obama alertou Trump para que não nomeasse Flynn para o cargo de conselheiro de segurança nacional, conselho que o magnata não levou em conta.

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