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Casa Branca diz que ainda não é hora para medidas de austeridade

Republicanos criticam Obama por fazer um plano orçamentário que dizem ter sido desenhado para ajudar sua campanha de reeleição, e não para controlar aumento do déficit

Washington D.C. (Estados Unidos) (SXC.Hu)

Washington D.C. (Estados Unidos) (SXC.Hu)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2012 às 14h00.

WASHINGTON - O chefe de gabinete de Barack Obama, Jacob Lew, defendeu o presidente norte-americano neste domingo por falhar em cortar o déficit do orçamento do país, argumentando que agora era o momento errado para medidas de austeridade, ao passo que ele pede ao Congresso para que estenda o corte de impostos na folha de pagamento que irá expirar em breve.

Republicanos criticaram Obama por fazer um plano orçamentário que dizem ter sido desenhado para ajudar sua campanha de reeleição em novembro, em vez de controlar o crescimento do déficit e da dívida norte-americana.

No entanto, Lew, falando a um programa de televisão neste domingo, na véspera da proposta de Obama para o orçamento de 2013 ao Congresso, afirmou que o plano irá delinear uma redução de 4 trilhões de dólares em dez anos no déficit do país, ao lado de medidas para dar o apoio necessário ao crescimento no curto prazo.

"Eu acredito que há um acordo bastante amplo de que o momento para austeridade não é hoje", disse Lew, chefe de orçamento de Obama até algumas semanas atrás, ao programa "Meet the Press" da rede de televisão NBC.

A Casa Branca diz que o orçamento de Obama irá requerer mais de 800 bilhões de dólares em vários anos de gastos para criação de empregos e programas de infraestrutura, incluindo isenção de impostos para empresas e indivíduos em mais de 300 bilhões de dólares em 2012, caso se torne lei.

O Congresso é livre para ignorar as propostas do presidente e republicanos disseram que o orçamento de Obama estará morto assim que chegar.

O orçamento, que chegará ao Congresso na segunda-feira, projeta o déficit em 1,33 trilhão de dólares neste ano fiscal ou 8,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), caindo para 901 bilhões de dólares, ou em 5,5 por cento do PIB, em 2013.

Obama prometeu em 2009 reduzir o déficit à metade até o ano que vem, ganhando a ira dos republicanos.

"Nessa questão - o déficit - este presidente tem sido completamente ausente. Os republicanos lutaram com tudo por cada centavo em poupanças que garantimos", afirmou na quinta-feira o senador republicano Mitch McConnell.

A Casa Branca disse que o déficit de financiamento cairá para 2,8 por cento do PIB até 2018, abaixo da taxa de 3 por cento sobre o PIB que as agências de classificação e investidores veem como meta para estabilizar o crescimento em dívida nacional como parte da economia.

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