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Casa Branca diz não ter ligação com renúncia de vice do FBI

McCabe foi criticado por Trump no Twitter por causa das doações recebidas pela esposa do vice-diretor quando foi candidata democrata

Trump: a porta-voz disse que Trump "segue defendendo as declarações que fez no passado" (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: a porta-voz disse que Trump "segue defendendo as declarações que fez no passado" (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 18h50.

Washington - A Casa Branca afirmou nesta segunda-feira que nem o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ou qualquer funcionário do alto escalão do governo tiveram relação com a renúncia do vice-diretor do FBI, Andrew McCabe.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, fez as declarações durante entrevista coletiva diária e apresentou a versão do governo à notícia de que o vice-diretor deixará o cargo em março.

"Vimos as notícias na imprensa. A Casa Branca não tem nenhuma relação com essa decisão. O presidente não fez parte desse processo de tomada de decisão", destacou a porta-voz.

McCabe foi criticado por Trump em diversas oportunidades no Twitter por causa das doações recebidas pela esposa do vice-diretor, Jill McCabe, quando foi candidata democrata ao Senado da Virgínia.

Perguntada sobre as críticas, Sanders disse que Trump "segue defendendo as declarações que fez no passado". No entanto, a porta-voz não quis comentar se a pressão pode ter contribuído para a renúncia do vice-diretor do FBI.

Sobre as críticas que Trump fez ao FBI e ao Departamento de Justiça, Sanders disse que o presidente faz pressão porque quer garantir que o caso sobre os possíveis laços de sua campanha com a Rússia durante as eleições de 2016 seja resolvido.

Segundo Sanders, Trump quer garantir que todos esqueçam a "febre Rússia", aceitem que não houve conluio entre a campanha republicana e o Kremlin, e foquem em "temas importantes para o país".

Por outro lado, a imprensa americana afirma que Trump planeja demitir o secretário-adjunto do Departamento de Justiça, Rod Rosenstein, que escolheu Robert Mueller como procurador especial para investigar o caso Rússia.

De acordo com o jornal "The New York Times", um relatório secreto que está com congressistas republicanos indica que Rosenstein aprovou uma ordem para ampliar a vigilância sobre Carter Page, um ex-assessor da campanha de Trump, por suspeitar que ele atuava como agente russo.

O jornal afirma que o relatório, que pode ser divulgado com autorização da Comissão de Inteligência da Câmara de Representantes, aumentou a frustração de Trump com Rosenstein.

Perguntada se Trump segue confiando em Rosenstein, Sanders se limitou a dizer que os americanos saberão quando o presidente não tiver mais confiança em alguma pessoa.

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