"Não é necessário estar armado para resistir" justificou Jay Carney, porta-voz da Casa Branca (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2011 às 16h24.
Washington - O líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, "não estava armado" no momento em que o comando americano que invadiu a mansão onde ele estava escondido abriu fogo, informou nesta terça-feira a Casa Branca.
Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que Bin Laden e sua família foram encontrados no segundo e terceiro andares da mansão localizada na cidade de Abbottabad, e que o líder da Al Qaeda resistiu à sua captura, e por isso fez disparos.
Uma de suas esposas começou a correr, mas acabou levando um tiro na perna. Bin Laden recebeu vários disparos na cabeça e no peito. Embora não tivesse armas com ele, indicou o porta-voz da Casa Branca, "não é necessário estar armado para resistir".
Após ser abatido, o corpo do terrorista foi transportado ao porta-aviões Carl Vinson, no mar de Arábia, onde foi preparado de acordo com os ritos islâmicos, lavado e envolvido em um lençol branco.
O corpo de Bin Laden foi introduzido em uma bolsa e lançado ao mar depois que foram recitadas preces que um tradutor repetiu em árabe, explicou o porta-voz.
Hoje, a imprensa americana informou que a Casa Branca cogita a possibilidade de divulgar fotografias do corpo do líder da Al Qaeda.
Carney, que pediu paciência aos jornalistas, indicou que as autoridades estão "analisando a situação" para tomar "a decisão apropriada".
Os serviços de Inteligência não querem a divulgação de imagens que possam pôr em perigo o êxito de futuras operações.
Mas a Casa Branca está ciente sobre as exigências dessas imagens para a comprovação da morte de seu inimigo público número um. Os familiares das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 também as reivindicaram, com o argumento de que lhes ajudará a virar a página.
Em sua entrevista coletiva, o porta-voz indicou que os serviços secretos analisam agora os pertences de Bin Laden, entre os quais havia documentos e computadores, na busca de pistas sobre a Al Qaeda.