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Cartão SIM é achado em cela de suposto jihadista na França

O estudante Sid Ahmed Ghlam foi preso em abril de 2015 quando planejava um atentado contra uma igreja antes do ataque ao Charlie Hebdo


	Edição de Charlie Hebdo publicada após atentados em 2015
 (Joël Saget/AFP)

Edição de Charlie Hebdo publicada após atentados em 2015 (Joël Saget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2016 às 16h20.

Guardas encontraram um cartão SIM na cela de um suposto jihadista, preso em abril de 2015 em Paris, quando planejava um atentado contra uma igreja, informaram fontes neste sábado.

No último dia 20 de novembro, uma semana depois dos atentados em Paris, guardas da prisão de Fresnes, nos arredores da capital francesa, encontraram um cartão de celular durante uma varredura, segundo a administração da penitenciária.

A cela vistoriada era a de Sid Ahmed Ghlam, estudante franco-argelino que, segundo os investigadores, planejava atacar uma igreja em Villejuif, periferia de Paris, três meses depois dos atentados contra o semanário satírico "Charlie Hebdo" e um supermercado kosher. Ele também está sendo processado pelo assassinato de uma mulher.

Após a descoberta do cartão, em 20 de novembro foi aberta uma investigação por "ocultação de introdução ilícita de objetos em um estabelecimento penitenciário", informou uma fonte judicial.

Segundo o jornal francês "Le Figaro", que revelou a descoberta neste sábado, Sid Ahdmed Ghlam estava em regime de isolamento, o que a administração desmentiu. Ele foi transferido meses depois para a prisão de Beauvais, ao norte de Paris.

O jornal informou que o cartão continha "centenas de informações, documentos com organogramas e dados sobre indivíduos que partiram para a Síria, bem como nomes de envolvidos nos atentados de 13 de novembro".

Segundo a publicação, o suspeito teria "trocado milhares de mensagens", que teriam sido interrompidas em 13 de novembro.

"Nada permite afirmar que nosso cliente tenha podido falar ao telefone regularmente em sua cela", assinalou Matthieu de Vallois, advogado de Sid Ahmed Ghlam.

A notícia é divulgada três dias depois que Salah Abdeslam, único sobrevivente dos comandos do 13 de novembro em Paris, foi transferido da Bélgica para a prisão de Fleury-Mérogis, perto de Paris, para uma cela equipada com câmeras, algo inédito.

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