Carta escrita por Dreyfus na prisão será leiloada em Paris
O judeu francês foi acusado equivocadamente de traição e expulso do Exército, desencadeando uma crise que dividiu por muitos anos a sociedade francesa
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2013 às 14h02.
Paris - Uma comovente carta escrita em 1895 por Alfred Dreyfus, judeu francês acusado equivocadamente de traição e expulso do Exército, desencadeando uma crise que dividiu por muitos anos a sociedade francesa, será leiloada em Paris, em maio.
Escrita por Dreyfus (1859-1935) um ano depois de ser condenado por traição, o documento está endereçado ao Ministério do Interior, indicou nesta quarta-feira a casa Sotheby's, que leiloará a carta em 29 de maio.
A carta escrita pelo capitão de artilharia do Exército francês é estimada em entre 100.000 e 150.000 euros (entre 130.000 e 196.000 dólares), indicou um comunicado da casa de leilões, que destaca o grande interesse histórico do documento.
"Fui condenado pelo crime mais infame que um soldado pode cometer, e sou inocente", escreveu Dreyfus em sua cela na ilha de Re (na costa atlântica francesa).
O militar, que foi vítima de um erro judicial, em um contexto de antissemitismo e espionagem --que levou o escritor Emile Zola a publicar sua famosa carta "Eu acuso"--, foi reabilitado apenas em 1906.
Paris - Uma comovente carta escrita em 1895 por Alfred Dreyfus, judeu francês acusado equivocadamente de traição e expulso do Exército, desencadeando uma crise que dividiu por muitos anos a sociedade francesa, será leiloada em Paris, em maio.
Escrita por Dreyfus (1859-1935) um ano depois de ser condenado por traição, o documento está endereçado ao Ministério do Interior, indicou nesta quarta-feira a casa Sotheby's, que leiloará a carta em 29 de maio.
A carta escrita pelo capitão de artilharia do Exército francês é estimada em entre 100.000 e 150.000 euros (entre 130.000 e 196.000 dólares), indicou um comunicado da casa de leilões, que destaca o grande interesse histórico do documento.
"Fui condenado pelo crime mais infame que um soldado pode cometer, e sou inocente", escreveu Dreyfus em sua cela na ilha de Re (na costa atlântica francesa).
O militar, que foi vítima de um erro judicial, em um contexto de antissemitismo e espionagem --que levou o escritor Emile Zola a publicar sua famosa carta "Eu acuso"--, foi reabilitado apenas em 1906.