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Carta confirma plano de atentado em Bruxelas no fim do ano

O alvo do suspeito, revela uma rede de televisão, era acabar com a vida dos militares presentes nessa noite na célebre Grand-Place da capital belga


	Bruxelas: família do suspeito assegura que a carta não tem nada a ver com um projeto de atentado
 (Francois Lenoir / Reuters)

Bruxelas: família do suspeito assegura que a carta não tem nada a ver com um projeto de atentado (Francois Lenoir / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 07h24.

Bruxelas - Uma carta de despedida achada na casa de Mohammed Karay, de 27 anos, um dos suspeitos de planejar supostamente um atentado em Bruxelas no fim de ano, confirma a hipótese de que um ataque estava sendo preparado, segundo informa a rede de televisão "VTM".

O alvo do suspeito, revela o mesmo meio, era acabar com a vida dos militares presentes nessa noite na célebre Grand-Place da capital belga, e depois realizar um ataque em uma cêntrica delegacia próxima a esse lugar, com o objetivo de matar o máximo de policiais possível.

Na carta, Karay reivindica supostamente os atentados e expressa seu desejo de que seus restos mortais sejam repatriados ao Marrocos, onde está enterrado seu pai.

A família do suspeito assegura, por sua vez, que a carta não tem nada a ver com um projeto de atentado, mas Mohammed a escreveu à morte de seu pai e a família sabia de sua existência, informou a agência Belga.

Os familiares argumentam que o suspeito, que pratica acrobacias em moto de forma amadora, dirigiu essa carta à família perante a possibilidade de um acidente fatal que acabasse com sua vida.

Karay, junto ao outro suspeito, Saïd Souati, de 30 anos, ambos detidos em 27 de dezembro por planejar supostamente os atentados frustrados, eram membros do clube bruxelense de motos "Kamikaze Riders", próximo ao grupo islamita radical Sharia4Belgium.

Segundo a Procuradoria federal, há provas de que os dois homens planejavam realizar durante as celebrações de fim de ano ataques similares aos cometidos em Paris em 13 de novembro.

Os advogados de ambos suspeitos indicaram há poucos dias que seus clientes negam todo projeto de atentado terrorista.

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