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Carta com ameaça revela nervosismo com Olímpiadas de Sochi

Pelo menos cinco países europeus receberam nesta quarta-feira cartas em russo fazendo uma "ameaça terrorista"

Anéis olímpicos vistos em frente ao aeroporto de Sochi: Rússia não tem conseguido evitar as preocupações sobre a sua capacidade de garantir a segurança do público e dos atletas (Alexander Demianchuk/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 07h30.

Budapeste - Comitês olímpicos de pelo menos cinco países europeus receberam nesta quarta-feira cartas em russo fazendo uma "ameaça terrorista" antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, mas autoridades esportivas disseram que as mensagens não representavam perigo.

Apesar das garantias, as cartas para os comitês da Itália , Hungria , Alemanha, Eslovênia e Eslováquia causaram breve alarme e indicaram o nervosismo em relação à segurança do evento de 50 bilhões de dólares do qual pode depender o legado do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Atentados suicidas mataram pelo menos 34 pessoas no sul da Rússia no mês passado, militantes islâmicos ameaçaram atacar os Jogos de Inverno, e forças de segurança procuram uma mulher suspeita de planejar um atentado a bomba que já estaria em Sochi.

"Estou muito feliz em informar a todos que tanto o Comitê Olímpico Internacional (COI) quanto a comissão organizadora de Sochi declararam depois de avaliar a carta que a ameaça não é real", disse à Reuters Zsigmond Nagy, diretor de relações internacionais do Comitê Olímpico Húngaro.

Ele disse que "essa pessoa tem enviado todos os tipos de mensagem para muitos integrantes da família olímpica".

A carta, segundo ele, ameaçou atletas e autoridades húngaras, dizendo que pessoas que forem aos Jogos Olímpicos poderiam ser vítimas de explosão.

Nagy também citou autoridades olímpicas internacionais para dizer que as cartas haviam sido enviadas por alguém que morava fora da Rússia e já havia enviado trotes semelhantes, mas não identificou a pessoa.


Autoridades da Itália, Alemanha, Eslováquia e Eslovênia disseram que seus comitês nacionais também receberam ameaças e as repassaram para a polícia.

O Comitê Olímpico Internacional, com base na Suíça, agiu rapidamente para afastar as preocupações depois que a primeira carta foi recebida em Budapeste.

O comitê disse que trata a segurança de forma muito séria e que repassou qualquer informação credível para os serviços de segurança.

Mas, nesse caso, o órgão afirmou que "parece que o email enviado para o comitê húngaro não representa ameaça e aparenta ser uma mensagem aleatória de uma pessoa do público".

O COI se diz confiante de que os Jogos, que terão início em Sochi no dia 7 de fevereiro, serão seguros. Putin colocou 37 mil agentes de segurança em alerta na região e intensificou também a segurança em todo o país.

A Rússia está discutindo a sua operação de segurança com os Estados Unidos, e Putin conversou por telefone na terça-feira com o presidente dos EUA, Barack Obama, sobre a segurança dos jogos.

Mesmo assim, a Rússia não tem conseguido evitar as preocupações sobre a sua capacidade de garantir a segurança do público e dos atletas.

O líder militante Doku Umarov fez um chamado para que insurgentes que lutam por um Estado islâmico no norte do Cáucaso ataquem Sochi.

Em Sochi, as forças de segurança buscam por uma mulher chamada Ruzanna Ibragimova, de 23 anos, que é suspeita de planejar um atentado suicida.

Ela pode ter chegado à cidade-sede em 11 ou 12 de janeiro, aponta uma carta vista pela Reuters.

A carta do serviço de segurança federal da Rússia para a polícia local afirmou que a mulher é viúva de um militante islâmico.

Alguns meios de comunicação russos dizem que as forças de segurança podem também estar procurando por outras mulheres-bomba em potencial, conhecidas como "Viúvas Negras", mas os relatos não foram confirmados.

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Budapeste - Comitês olímpicos de pelo menos cinco países europeus receberam nesta quarta-feira cartas em russo fazendo uma "ameaça terrorista" antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, mas autoridades esportivas disseram que as mensagens não representavam perigo.

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"Estou muito feliz em informar a todos que tanto o Comitê Olímpico Internacional (COI) quanto a comissão organizadora de Sochi declararam depois de avaliar a carta que a ameaça não é real", disse à Reuters Zsigmond Nagy, diretor de relações internacionais do Comitê Olímpico Húngaro.

Ele disse que "essa pessoa tem enviado todos os tipos de mensagem para muitos integrantes da família olímpica".

A carta, segundo ele, ameaçou atletas e autoridades húngaras, dizendo que pessoas que forem aos Jogos Olímpicos poderiam ser vítimas de explosão.

Nagy também citou autoridades olímpicas internacionais para dizer que as cartas haviam sido enviadas por alguém que morava fora da Rússia e já havia enviado trotes semelhantes, mas não identificou a pessoa.


Autoridades da Itália, Alemanha, Eslováquia e Eslovênia disseram que seus comitês nacionais também receberam ameaças e as repassaram para a polícia.

O Comitê Olímpico Internacional, com base na Suíça, agiu rapidamente para afastar as preocupações depois que a primeira carta foi recebida em Budapeste.

O comitê disse que trata a segurança de forma muito séria e que repassou qualquer informação credível para os serviços de segurança.

Mas, nesse caso, o órgão afirmou que "parece que o email enviado para o comitê húngaro não representa ameaça e aparenta ser uma mensagem aleatória de uma pessoa do público".

O COI se diz confiante de que os Jogos, que terão início em Sochi no dia 7 de fevereiro, serão seguros. Putin colocou 37 mil agentes de segurança em alerta na região e intensificou também a segurança em todo o país.

A Rússia está discutindo a sua operação de segurança com os Estados Unidos, e Putin conversou por telefone na terça-feira com o presidente dos EUA, Barack Obama, sobre a segurança dos jogos.

Mesmo assim, a Rússia não tem conseguido evitar as preocupações sobre a sua capacidade de garantir a segurança do público e dos atletas.

O líder militante Doku Umarov fez um chamado para que insurgentes que lutam por um Estado islâmico no norte do Cáucaso ataquem Sochi.

Em Sochi, as forças de segurança buscam por uma mulher chamada Ruzanna Ibragimova, de 23 anos, que é suspeita de planejar um atentado suicida.

Ela pode ter chegado à cidade-sede em 11 ou 12 de janeiro, aponta uma carta vista pela Reuters.

A carta do serviço de segurança federal da Rússia para a polícia local afirmou que a mulher é viúva de um militante islâmico.

Alguns meios de comunicação russos dizem que as forças de segurança podem também estar procurando por outras mulheres-bomba em potencial, conhecidas como "Viúvas Negras", mas os relatos não foram confirmados.

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