Mundo

Carolina do Sul será chave para consolidar candidatos

Votação será importante para fortalecer o favorito Mitt Romney, ou fazer Newt Gingrich decolar na disputa pela candidatura presidencial para as eleições de novembro

Há apenas alguns dias tudo apontava para que as primárias da Carolina do Sul iam ser um caminho de rosas para Romney (Getty Images)

Há apenas alguns dias tudo apontava para que as primárias da Carolina do Sul iam ser um caminho de rosas para Romney (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 18h20.

Washington - A expectativa perante as primárias republicanas deste sábado na Carolina do Sul (EUA) aumentou nesta sexta-feira, já que se preveem muito apertadas e serão chave para fortalecer o favorito Mitt Romney, ou fazer Newt Gingrich decolar na disputa pela candidatura presidencial para as eleições de novembro.

Há apenas alguns dias tudo apontava para que as primárias da Carolina do Sul, um estado sulista de perfil muito conservador, iam ser um caminho de rosas para Romney, que contava nas pesquisas com uma vantagem próxima a 20 pontos sobre seus oponentes.

Mas nesta sexta-feira as últimas pesquisas sobre intenções de voto na Carolina do Sul refletem um empate entre Romney, ex-governador de Massachusetts e o mais moderado dos pré-candidatos, e o ex-presidente da Câmara de Representantes (Deputados) Newt Gingrich.

A página de informação política RealClearPolitics, que elabora uma média diária das principais pesquisas, assinala que Gingrich tem 32,5% de apoio e Romney 31,5%.

Romney realizou na sexta-feira vários atos de campanha na área litorânea da Carolina do Sul insistindo em sua mensagem que é o candidato melhor preparado para enfrentar o presidente Barack Obama nas eleições de novembro.

Assim, procura consolidar sua liderança após seu empate técnico com o ex-senador Rick Santorum em Iowa e sua cômoda vitória em New Hampshire.

Na realidade, segundo a apuração final divulgada na quinta-feira, em Iowa Santorum ganhou por 34 votos de Romney, a quem tinha sido apontada inicialmente a vitória.


Enquanto isso, Gingrich foi ganhando força esta semana, em parte por causa de um muito bom discurso em um debate televisado na segunda-feira passada, e desde esta quinta-feira tem o apoio do governador do Texas, Rick Perry, que se retirou da disputa.

No entanto, Gingrich pode ser afetado por uma polêmica entrevista concedida à rede 'ABC' por sua segunda mulher, Marianne Gingrich, na qual ela assegurou que seu marido lhe propôs ter 'um casamento aberto' para poder manter uma relação com sua então amante e agora esposa, Calista.

Acompanhado de Calista, que se transformou em uma peça fundamental de sua campanha, Gingrich fez nesta sexta-feira uma visita a um hospital para crianças na área de Charleston.

Se para Gingrich pesa muito um passado marcado por infidelidades matrimoniais, Romney está sendo prejudicado por ter revelado, por causa da pressão de seus rivais, que paga 15% de imposto, abaixo da média dos americanos, e por sua negativa a divulgar os detalhes de sua declaração de renda.

Além disso, segundo a 'ABC', o ex-governador, um dos pré-candidatos presidenciais mais ricos dos últimos tempos e cuja fortuna é calculada em US$ 250 milhões, tem vários investimentos milionários em fundos nas ilhas Cayman, um paraíso fiscal do Caribe.

Romney acaba de receber o apoio do governador da Virgínia, o republicano Robert McDonnell.

Também conta com o do ex-embaixador na China John Huntsman, que anunciou na segunda-feira sua retirada da disputa pela nomeação republicana.


Enquanto isso, Gingrich tem o respaldo do Somos Republicanos, o principal grupo hispânico republicano do país, e a ex-candidata à Vice-Presidência Sarah Palin, uma dos líderes do movimento ultraconservador Tea Party, também disse que se fosse residente da Carolina do Sul votaria nele.

Os outros dois candidatos em disputa, Santorum e o congressista de ideologia libertária Ron Paul, não têm opções de ganhar na Carolina do Sul, segundo as pesquisas.

No entanto, Santorum está reivindicando que ainda lhe resta muita campanha a ser feita, após conhecer-se que em Iowa teve mais votos que Romney e lembrou em discurso em Lexington que as surpresas são possíveis, visto que a disputa 'se transformou nas últimas 24 horas'.

Paul, por sua vez, continuava nesta sexta tentando ganhar adeptos com sua promessa de cortar despesas federais, embora seu radicalismo e propostas como a de reduzir ao mínimo o tamanho do governo sejam um empecilho para que seja levado em conta como candidato factível.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEstados Unidos (EUA)Países ricosPartido Democrata (EUA)Partido Republicano (EUA)

Mais de Mundo

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio

MH370: o que se sabe sobre avião desaparecido há 10 anos; Malásia decidiu retomar buscas

Papa celebrará Angelus online e não da janela do Palácio Apostólico por resfriado