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Carla Del Ponte é nomeada comissária para crimes na Síria

Carla Del Ponte é conhecida por sua combatividade, mas também por seu comportamento franco e impulsivo que lhe rendeu muitos inimigos

Carla Del Ponte é conhecida por sua combatividade: apesar de ter se aposentado em 2011, foi o governo suíço que propôs oficialmente sua nomeação à Comissão de Inquérito (©AFP / Lex van Lieshout)

Carla Del Ponte é conhecida por sua combatividade: apesar de ter se aposentado em 2011, foi o governo suíço que propôs oficialmente sua nomeação à Comissão de Inquérito (©AFP / Lex van Lieshout)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2012 às 17h26.

Genebra - A magistrada Carla Del Ponte e o ex-relator especial da ONU para a Coreia do Norte, Vivit Muntarbhorn, foram nomeados comissários na Comissão de Inquérito da ONU sobre a Síria, anunciou nesta sexta-feira a presidente do Conselho de Direitos Humanos, Laura Dupuy Lasserre.

"Tendo em conta a extensão do mandato (da Comissão) até março de 2013 decidida hoje (sexta-feira) pelo Conselho (...) e visto que não há sinais de melhora no terreno, gostaria de propor que a Comissão seja reforçada com a nomeação de dois comissários adicionais: (...) Carla Del Ponte e Vivit Muntarbhorn", disse Dupuy Lasserre, no último dia da sessão do Conselho.

Carla Del Ponte é conhecida por sua combatividade, mas também por seu comportamento franco e impulsivo que lhe rendeu muitos inimigos.

Nomeada procuradora do Tribunal Penal Internacional (TPI) para a ex-Iugoslávia em 1999, Carla conseguiu que o ex-chefe de Estado, o sérvio Slobodan Milosevic, respondesse internacionalmente por seus crimes.

Nascida na Suíça há 65 anos, ela afirma que trabalha "contra a impunidade", uma das prioridades da Comissão de Inquérito sobre a Síria, frente a gravidade dos crimes de guerra e crimes contra a humanidade que ela tenta identificar para processos futuros.

Esta sede de justiça orientou a escolha de Carla Del Ponte, das investigações contra a máfia italiana ao lado do juiz Giovanni Falcone até as investigações realizadas em círculos financeiros suíços, quando foi chefe do Ministério Público Federal, nos anos 1990.

Apesar de ter se aposentado em 2011, foi o governo suíço que propôs oficialmente sua nomeação à Comissão de Inquérito.

"Recorrer a uma personalidade forte e reconhecida é uma mensagem clara de que a justiça está em andamento para analisar os crimes sírios", comentou nesta sexta-feira um diplomata ocidental na ONU.

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