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Capriles pede que governo venezuelano prove conspiração

Capriles postou que as declarações do governo venezuelano ofendem o governo colombiano, o povo do país e seu presidente, Juan Manuel Santos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 17h04.

Bogotá - O líder da oposição venezuelana e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, respondeu hoje (5) em sua conta no Twitter às críticas do vice-presidente do país, Nicolás Maduro, de que o oposicionista teria ido à Colômbia “para conspirar contra a democracia venezuelana”.

Em resposta, Capriles postou que as declarações do governo venezuelano ofendem o governo colombiano, o povo do país e seu presidente, Juan Manuel Santos, ao “afirmar que a Colômbia é o centro da conspiração e refúgio paramilitar”.

Capriles sugeriu também que “a Colômbia deveria exigir que o governo venezuelano apresente provas sobre as reuniões conspirativas com paramilitares”.

No último sábado (02), Maduro disse que a viagem de Capriles no fim de semana foi realizada para “conspirar contra a pátria e mover os fios da corrupção”.

Durante um evento, Maduro disse que as informações que chegavam não eram “nada boas”. “Estamos confirmando que Capriles participou de reuniões. Sabemos com quem ele se reuniu e onde se reuniu, conspirando contra a paz e fazendo negócios”, atacou Maduro.


No fim de semana, Capriles se reuniu na Colômbia com o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González.

No Twitter, o oposicionista falou diretamente ao ministro do Interior venezuelano, Néstor Reverol, que também comentou sobre os encontros de Capriles na Colômbia durante o fim de semana. Capriles pediu que Reverol apresentasse provas da conspiração. “Me prenda ou se retrate publicamente”, arrematou Capriles.

As relações entre os dois países já passaram por momentos de crise. Em 2008, durante os governos de Álvaro Uribe e de Hugo Chávez, o governo colombiano afastou o presidente venezuelano da mediação com as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Depois disso, em 2009, Chávez ameaçou cortar relações com o país vizinho por causa de um acordo entre o governo colombiano e os Estados Unidos, que permitiria o acesso dos norte-americanos às bases militares colombianas.

Depois da posse de Juan Manuel Santos, as relações começaram a melhorar e os dois países refizeram acordos comerciais. Chávez é considerado uma figura importante no atual processo de paz em andamento na Colômbia, sendo a Venezuela um dos países observadores das negociações de paz entre a guerrilha e o governo colombiano.

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