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Capriles pede a líderes que não se renda a "jogo" partidário

O líder refere-se ao partido no poder, PSUV, e à polêmica em torno da posse de Hugo Chávez, hospitalizado em Cuba


	Henrique Capriles: O líder da oposição mencionou Dilma Rousseff, a argentina Cristina Kirchner e o colombiano Juan Manuel Santos.
 (REUTERS/Marco Bello)

Henrique Capriles: O líder da oposição mencionou Dilma Rousseff, a argentina Cristina Kirchner e o colombiano Juan Manuel Santos. (REUTERS/Marco Bello)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 18h20.

Caracas - O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, pediu nesta terça-feira aos chefes de Estado da América Latina que não se prestem ao "jogo de um partido político", referindo-se ao partido no poder, PSUV, e à polêmica em torno da posse de Hugo Chávez, hospitalizado em Cuba.

"Digo aos presidentes de nossa América Latina: não se prestam a um jogo de um partido político, de uma interpretação tendenciosa que quer dar um partido político na ausência do presidente da República", disse Capriles.

O líder da oposição mencionou Dilma Rousseff, a argentina Cristina Kirchner, o colombiano Juan Manuel Santos, o equatoriano Rafael Correa e Evo Morales, da Bolívia.

"Estão convidando os presidentes de outros países para vir ao nosso país no dia 10 de janeiro para endossar um problema na Constituição", afirmou Capriles, referindo-se à passeata organizada pelo governo em Caracas, para a qual foram confirmadas as presenças do uruguaio José Mujica, do presidente boliviano, Evo Morales, e do ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño.

A oposição sustenta que Chávez, hospitalizado em Cuba, não pode tomar posse na quinta-feira e, por isso, a Assembleia Nacional deve declarar sua ausência temporária e entregar a presidência ao presidente da Câmara, Diosdado Cabello.

Também rejeita que o governo continue no cargo, já que quinta-feira termina o período constitucional vigente e começa o novo.

O governo, por sua vez, afirma que Chávez tomará posse diante do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), assim que tiver condições de fazê-lo.

A Constituição prevê que o presidente deve tomar posse em 10 de janeiro perante a Assembleia Nacional e que em uma situação excepcional pode fazê-lo no STF, sem fixar uma data.

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