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Candidato à presidência afirma que não aceitará resultados

O candidato presidencial afegão Abdullah Abdullah advertiu que não aceitará os resultados das eleições


	Abdullah Abdullah: anúncio do resultado é esperado para a próxima segunda-feira
 (Mohammad Ismail/Reuters)

Abdullah Abdullah: anúncio do resultado é esperado para a próxima segunda-feira (Mohammad Ismail/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2014 às 13h13.

Cabul - O candidato presidencial afegão Abdullah Abdullah advertiu nesta quinta-feira que não aceitará os resultados das eleições cujo anúncio é esperado para a próxima segunda-feira já que a Comissão Eleitoral (IEC) continua misturando na apuração votos falsos com os válidos.

O chefe de campanha de Abdullah, Nasrullah Baryalai Arsalai, disse em entrevista coletiva que "os votos falsos não estão sendo separados dos válidos" na nova apuração do segundo turno das eleições que a Comissão realiza.

Ele garantiu que não é suficiente que a IEC ordene uma nova apuração em 1.930 colégios eleitorais de 30 províncias, já que há urnas suspeitas, por exemplo, "com 595 votos para um só candidato" e ainda não foi determinado se estes são válidos ou não.

A decisão da nova apuração atrasou para o próximo dia 7 o anúncio previsto para ontem dos primeiros resultados do segundo turno, ocorrido em 14 de junho.

O outro candidato, Ashraf Ghani, apoiou a decisão da IEC, embora tenha pedido hoje que o anúncio de resultados não demore.

"Nossos votos estão claros" e deve ser cumprido o calendário eleitoral previsto para a transferência de poder no Afeganistão, disse Ghani em entrevista coletiva.

Ele pediu também a seu rival que volte ao processo eleitoral em vez de boicotá-lo, e que respeite as resoluções tanto da IEC quanto da Comissão de Queixas Eleitorais.

No primeiro turno, realizado em 5 de abril, Abdullah obteve 45% dos votos contra 31% de Ghani.

Em 2009, após denunciar fraude maciça, Abdullah retirou sua candidatura para o segundo turno das eleições anteriores vencidas por Hamid Karzai. Ele, agora, abandona o poder após 13 anos governando o país já que a Constituição não permite um terceiro mandato.

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