Campanha de Dilma aposta no Paraná para crescer no Sul
Brasília - Região em que a candidata à Presidência da República do PT, Dilma Rousseff, apresenta seu pior desempenho nas pesquisas de intenção de voto, o Sul receberá atenção especial da campanha governista. O Paraná, sexto maior colégio eleitoral do país, com 7,5 milhões de eleitores, é a principal aposta dos petistas e seus aliados. […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.
Brasília - Região em que a candidata à Presidência da República do PT, Dilma Rousseff, apresenta seu pior desempenho nas pesquisas de intenção de voto, o Sul receberá atenção especial da campanha governista. O Paraná, sexto maior colégio eleitoral do país, com 7,5 milhões de eleitores, é a principal aposta dos petistas e seus aliados.
Apesar de ainda não ter agenda confirmada na região para os próximos dias, a campanha da ex-ministra da Casa Civil prepara uma abordagem especificamente voltada aos eleitores do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
"Essa é uma região mais complexa porque tem uma classe média mais estruturada e não tem tantas demandas sociais e de infraestrutura", afirmou à Reuters o secretário nacional de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR).
Dos três Estados, a campanha de Dilma tem uma maior expectativa de crescer no Paraná, onde só nos últimos dias conseguiu impor uma derrota à oposição e construiu um palanque forte para a petista com o senador Osmar Dias (PDT) como candidato ao governo.
O parlamentar flertava com os tucanos porque seu irmão, o também senador Alvaro Dias (PSDB-PR), fora indicado para ocupar a vice de José Serra (PSDB) na corrida presidencial.
A escolha, entretanto, abriu uma crise entre o PSDB e o DEM, que exigia o direito de indicar o companheiro de chapa do candidato tucano. Osmar Dias acabou decidindo disputar o governo do Paraná, e o PSDB substituiu seu irmão pelo deputado Indio da Costa (DEM-RJ).
Agora, acredita um integrante da campanha petista, Dilma terá mais espaço para se movimentar no Estado.
Segundo Vargas, os debates e discursos de Dilma na região Sul devem ser focados nos temas mais sensíveis para a população local, como o sistema tributário nacional, a estabilidade da economia, medidas para a agricultura e segurança pública.
"A nossa estratégia é fazê-la mais conhecida e discutir projetos", acrescentou o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), mostrando que Dilma continuará evitando polêmicas com seus concorrentes.
No período de pré-campanha eleitoral, Dilma deu preferência a visitas a São Paulo e Minas Gerais. No Rio Grande do Sul, viajou apenas a Chapecó, Gramando, Porto Alegre e Rio Grande. Em relação aos outros dois Estados da região, no entanto, apenas concedeu entrevistas a rádios de Joinville (SC) e Londrina (PR).
Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, Dilma obteve 38 por cento, ante 39 por cento de Serra. Marina Silva (PV) teve 10 por cento.
A região Sul foi onde o candidato do PSDB mais cresceu. O tucano subiu para 50 por cento frente aos 38 por cento anteriores, contra uma perda de três pontos percentuais da petista, que agora conta com 32 por cento dos votos na região.
Serra também lidera no Sudeste, enquanto Dilma está à frente no Nordeste e no Norte/Centro-Oeste.