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Campanha de Macron diz que sofreu ataque hacker

Segundo a campanha, o ataque levou ao vazamento "nas redes sociais de informações internas de diversas naturezas"

Macron: foram divulgados arquivos de e-mails, documentos contábeis e contratos (Benoit Tessier/Reuters)

Macron: foram divulgados arquivos de e-mails, documentos contábeis e contratos (Benoit Tessier/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de maio de 2017 às 19h58.

Última atualização em 5 de maio de 2017 às 20h21.

Paris - A frente Em Movimento, pela qual o candidato Emmanuel Macron concorre à presidência da França, informou nesta sexta-feira ter sido vítima de um ataque hacker "em massa e coordenado" que levou ao vazamento "nas redes sociais de informações internas de diversas naturezas".

Em comunicado, a campanha de Macron denunciou que os arquivos pirateados - como e-mails, documentos contábeis ou contratos - "foram obtidos há várias semanas graças ao ataque hacker de endereços de e-mail pessoais e profissionais de dirigentes do movimento".

O anúncio foi feito a quase 24 horas da abertura das urnas, que ocorrerá no domingo, para o segundo turno das eleições presidenciais e poucos minutos depois do fechamento da campanha eleitoral de um pleito que tem Macron como grande favorito em relação à candidata de extrema direita Marine Le Pen.

Segundo o movimento criado pelo ex-ministro da Economia há um ano visando a disputa das eleições, os autores do ataque enviaram documentos falsos junto com os autênticos para "semear a dúvida e a desinformação".

Para o Em Movimento, o roubo é "uma tentativa de desestabilizar as eleições presidenciais", como "já se viu nos Estados Unidos na última campanha", o que os serviços de inteligência americanos atribuem à Rússia.

A campanha de Macron, que denunciou nas últimas semanas ter sido tema de notícias falsas por parte de veículos da órbita do regime russo, se considera "a mais afetada" por esse tipo de iniciativa.

O Em Movimento esclareceu que "os documentos pirateados são todos legais e traduzem o funcionamento normal de uma campanha presidencial".

"Sua divulgação torna públicos dados internos, mas não nos inquieta o questionamento da legalidade e a conformidade dos documentos", afirma o comunicado.

Segundo o movimento liderado por Macron, as contas da campanha serão apresentadas à comissão nacional responsável por sua supervisão, mas chamaram a atenção sobre o fato de que alguns documentos vazados correspondam a previsões, e não a operações realizadas.

A campanha pediu à imprensa para que "assuma suas responsabilidades em consciência" ao levar em conta "a natureza dos documentos vazados, que em grande parte são simplesmente falsos".

"Tomaremos todas as iniciativas necessárias ante os atores públicos e privados para esclarecer esta operação inédita em uma campanha eleitoral francesa", acrescenta a nota.

Em 26 de abril, o Em Movimento confirmou ter sido alvo de pelo menos cinco ciberataques realizados por "profissionais" e atribuídos ao mesmo grupo de piratas russos, Pawn Storm, que foi responsabilizado pelos vazamentos de e-mails da campanha da candidata do Partido Democrata na última eleição presidencial nos Estados Unidos, Hillary Clinton.

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