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Ataques terroristas atingem o coração de Londres

Segundo a BBC, testemunhas viram um veículo de cor branca entrar na ponte, atropelando transeuntes que caminhavam pela área naquele momento

Policiais atendem a um incidente na Ponte de Londres (Hannah McKay/Reuters)

Policiais atendem a um incidente na Ponte de Londres (Hannah McKay/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de junho de 2017 às 19h08.

Última atualização em 3 de junho de 2017 às 21h55.

Um atropelamento na London Bridge, facadas no Borough Market e um terceiro incidente quase simultâneo no bairro de Vauxhall abalaram e assustaram a capital britânica, neste sábado à noite (3), deixando várias vítimas.

Depois da declaração da primeira-ministra Theresa May sobre "potencial atentado terrorista", a Polícia confirmou ataques "terroristas" na London Bridge e no Borough Market.

"Posso confirmar que o terrível incidente de Londres está sendo tratado como um potencial atentado terrorista", declarou May, manifestando sua solidariedade "com os que estão no meio desses acontecimentos horríveis".

Em um comunicado sobre o primeiro deles, na London Bridge, a Polícia de Transportes disse que houve "várias vítimas" e teria envolvido "um veículo e uma faca".

"Às 22h08 (19h08, horário de Brasília), agentes de Polícia responderam a um aviso de colisão de um veículo contra os transeuntes na London Bridge", anunciou a Polícia na nota.

Os agentes também atendiam a uma segunda emergência envolvendo facadas no Borough Market, um conhecido centro perto da London Bridge, no extremo sul de Londres, informou a Polícia no Twitter.

"Além da #LondonBridge os agentes estão respondendo a um incidente no #BoroughMarket. Temos policiais armados no local", informou a Polícia no Twitter por volta das 22h20 GMT (19h20, horário de Brasília), acrescentando que disparos foram feitos.

Ainda segundo os policiais, um terceiro incidente teria sido registrado em Vauxhall, também na capital. O bairro abriga a sede dos serviços de Inteligência do MI6.

Mais cedo, em sua conta no Twitter, a agência de Transportes relatou que todas as rotas para a London Bridge estavam sendo desviadas, enquanto o Serviço de Ambulâncias de Londres divulgou que "múltiplos recursos" eram enviados para esse local.

Testemunhas disseram ter visto uma van subir na calçada e atropelar pedestres. A London Bridge foi fechada nos dois sentidos. Imagens das emissoras locais mostram viaturas de polícia bloqueando qualquer acesso à área, além de policiais armados nas ruas. Em outras imagens, várias pessoas caminham com as mãos na cabeça.

A jornalista da BBC Holly Jones, que estava na ponte no momento do incidente, contou que viu uma van dirigida por um homem a "cerca de 80 quilômetros por hora". Segundo ela, pelo menos cinco pessoas foram atendidas por lesões, depois de terem sido atropeladas. Jones disse ainda que viu um homem, sem camisa, ser algemado e detido pela Polícia.

"Há vários botes da Polícia com lanternas, sondando as águas do (rio) Tâmisa agora", disse a repórter à rádio da BBC.

No Twitter, o editor-chefe da revista The Spectator, Will Heaven, relatou ter visto "duas vítimas, uma na calçada e outra no meio-fio".

"É um atentado terrorista", exclamou, em pânico, a jovem Dee, de 26 anos, que não quis se identificar.

"Tinha uma van que se chocou contra as muretas da ponte", contou à AFP.

"E tinha um homem com uma faca que corria. Ele desceu as escadas e foi para um bar. É um bar francês. Não entrou no bar, estava na varanda. Estou pensando nos meus amigos. Espero que todos estejam sãos e salvos", acrescentou.

https://twitter.com/Yatesy17/status/871125987613978624

Pelo Twitter, a Polícia pediu calma e que todos "se mantenham em alerta e vigilantes". A corporação divulgou outras orientações para a população: "Corra para um lugar seguro, é a melhor opção do que negociar, ou se render"; "se esconda, silencie o telefone, desligue a vibração, proteja-se; ligue para a Polícia para o 999 quando for seguro".

Em 22 de março passado, um homem lançou seu carro contra dezenas de pessoas na ponte de Westminster. Na sequência, ele matou a facadas um policial que estava em serviço na frente do Parlamento. Cinco pessoas morreram.

Mais recentemente, em 22 de maio, a Grã-Bretanha foi alvo de um ataque que deixou 22 mortos em Manchester, no final do show da cantora americana Ariana Grande. Nele, um jovem britânico de origem líbia se detonou, em um episódio reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Depois desse ataque, a primeira-ministra Theresa May elevou ao máximo o nível de alerta terrorista, até atingir um nível "crítico", no último sábado, o que significa que um atentado é altamente provável de acontecer.

 

 

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