Cameron irá à Escócia tentar enfraquecer independência
Premiê britânico pediu aos escoceses que não votem pela independência no referendo da semana que vem
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2014 às 16h44.
Edimburgo/Londres - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, pediu aos escoceses nesta terça-feira que não votem pela independência no referendo da semana que vem, depois que uma nova pesquisa de intenção de voto mostrou crescimento no apoio à separação da <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/reino-unido">Grã-Bretanha</a></strong>.</p>
Cameron se comprometeu a fazer tudo que puder para manter a Grã-Bretanha unida, e disse que irá à Escócia na quarta-feira para se juntar à campanha contra a secessão.
“No fim das contas, cabe ao povo escocês decidir, mas quero que saibam que o resto da Grã-Bretanha –e falo como primeiro-ministro– quer que permaneçam”, disse o premiê.
O gesto de Cameron deixou claro que a separação, antes considerada um delírio, agora é uma possibilidade concreta. Seu porta-voz declarou que a bandeira azul e branca da Escócia ficará hasteada sobre a residência de Cameron, em Downing Street, até o pleito da próxima semana.
Os principais partidos políticos britânicos, enquanto isso, prontificaram-se a proteger a união de 307 anos, prometendo mais autonomia aos escoceses.
O líder nacionalista Alex Salmond declarou em Edimburgo que a pesquisa de opinião desta quarta-feira revelou que a campanha anti-independência “desmoronou”.
O número de pessoas que disseram que votarão "não" caiu de 45 por cento para 39 por cento no último mês. O apoio ao "sim" ficou um pouco atrás, com 38 por cento, mas teve um crescimento acentuado em relação aos 32 por cento de um mês atrás.
O levantamento veio na esteira de outra pesquisa, publicada no fim de semana pelo jornal Sunday Times, que colocou a campanha independentista ligeiramente à frente pela primeira vez no ano, levando a uma queda na libra esterlina e nas ações britânicas como reflexo dos temores de que uma Escócia independente possa ter dificuldades econômicas.