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Cameron diz que intervenção na Síria "não seria invasão"

Primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que uma intervenção militar na Síria não representaria, ao contrário do Iraque, uma "invasão"

David Cameron, primeiro-ministro britânico: a intervenção na Síria, segundo ele, seria resposta ao "horrendo" uso de armas químicas (UK Parliament via Reuters TV)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 12h44.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido , David Cameron, disse nesta quinta-feira no Parlamento que uma intervenção militar na Síria não representaria, ao contrário do Iraque, "uma invasão nem assumir uma posição", mas uma resposta ao "horrendo" uso de armas químicas.

Cameron falou aos deputados no começo de uma sessão parlamentar de urgência que votará, por volta das 21h (horário local, 18h em Brasília), sobre o "princípio" de uma intervenção militar em resposta aos supostos ataques com armas químicas do regime sírio, apesar de os trabalhistas já terem anunciaram que vão repeli-lo.

A Câmara dos Comuns, por exigência do Partido Trabalhista, esperará até a sentença dos inspetores da ONU na Síria para se pronunciar em uma segunda votação, em data ainda não determinada, sobre a intervenção direta de Londres no conflito.

Ao iniciar o debate, o premiê conservador afirmou que um ataque com armas químicas é "um crime contra a humanidade" e que a moção apresentada nesta quinta procura obter o "maior consenso possível", tanto na câmara como entre os cidadãos britânicos.


"Aprendemos lições de conflitos anteriores, especialmente sobre a profunda preocupação que aconteceu neste país por causa daquilo que foi ruim em 2003 no Iraque", ressaltou o chefe do Governo britânico.

Na sua opinião, a diferença entre a intervenção no Iraque e uma eventual ação militar contra o regime sírio reside no fato de que "agora não há dúvida de que foram utilizadas armas químicas. Ninguém dúvida seriamente sobre isso", afirmou.

Cameron ressaltou a esse respeito que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , se opôs ao ataque ao Iraque há dez anos, enquanto nesta ocasião "acredita profundamente que uma importante linha vermelha foi cruzada e, neste caso, apoia a ação".

O mesmo afirmou o primeiro-ministro do Reino Unido sobre a Liga Árabe, que em 2003 se opunha às medidas militares e que agora pediu ao Conselho de Segurança da ONU que supere as diferenças entre seus membros e aprove medidas "dissuasórias e necessárias" contra o regime de Bashar al Assad.

O líder "tory" sustentou aos Comuns que o suposto uso de armas químicas contra civis requer uma "decidida resposta humanitária" por parte da comunidade internacional.

Sua moção busca que o Parlamento dê sinal verde a uma "ação militar que seja legal, proporcionada e centrada em salvar vidas graças à prevenção do uso futuro de armas químicas na Síria".

A oposição trabalhista, por sua vez, já avançou que votará contra uma ação militar antes de conhecer as conclusões dos investigadores da ONU no terreno.

Sobre a legalidade de uma eventual intervenção, Downing Street divulgou nesta quinta um relatório que defende que o ataque estaria justificado por razões humanitárias inclusive sem o apoio da ONU.

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Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido , David Cameron, disse nesta quinta-feira no Parlamento que uma intervenção militar na Síria não representaria, ao contrário do Iraque, "uma invasão nem assumir uma posição", mas uma resposta ao "horrendo" uso de armas químicas.

Cameron falou aos deputados no começo de uma sessão parlamentar de urgência que votará, por volta das 21h (horário local, 18h em Brasília), sobre o "princípio" de uma intervenção militar em resposta aos supostos ataques com armas químicas do regime sírio, apesar de os trabalhistas já terem anunciaram que vão repeli-lo.

A Câmara dos Comuns, por exigência do Partido Trabalhista, esperará até a sentença dos inspetores da ONU na Síria para se pronunciar em uma segunda votação, em data ainda não determinada, sobre a intervenção direta de Londres no conflito.

Ao iniciar o debate, o premiê conservador afirmou que um ataque com armas químicas é "um crime contra a humanidade" e que a moção apresentada nesta quinta procura obter o "maior consenso possível", tanto na câmara como entre os cidadãos britânicos.


"Aprendemos lições de conflitos anteriores, especialmente sobre a profunda preocupação que aconteceu neste país por causa daquilo que foi ruim em 2003 no Iraque", ressaltou o chefe do Governo britânico.

Na sua opinião, a diferença entre a intervenção no Iraque e uma eventual ação militar contra o regime sírio reside no fato de que "agora não há dúvida de que foram utilizadas armas químicas. Ninguém dúvida seriamente sobre isso", afirmou.

Cameron ressaltou a esse respeito que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , se opôs ao ataque ao Iraque há dez anos, enquanto nesta ocasião "acredita profundamente que uma importante linha vermelha foi cruzada e, neste caso, apoia a ação".

O mesmo afirmou o primeiro-ministro do Reino Unido sobre a Liga Árabe, que em 2003 se opunha às medidas militares e que agora pediu ao Conselho de Segurança da ONU que supere as diferenças entre seus membros e aprove medidas "dissuasórias e necessárias" contra o regime de Bashar al Assad.

O líder "tory" sustentou aos Comuns que o suposto uso de armas químicas contra civis requer uma "decidida resposta humanitária" por parte da comunidade internacional.

Sua moção busca que o Parlamento dê sinal verde a uma "ação militar que seja legal, proporcionada e centrada em salvar vidas graças à prevenção do uso futuro de armas químicas na Síria".

A oposição trabalhista, por sua vez, já avançou que votará contra uma ação militar antes de conhecer as conclusões dos investigadores da ONU no terreno.

Sobre a legalidade de uma eventual intervenção, Downing Street divulgou nesta quinta um relatório que defende que o ataque estaria justificado por razões humanitárias inclusive sem o apoio da ONU.

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