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Cameron diz que "fará todo o necessário" para restaurar ordem

Segundo o premiê do Reino Unido, os tribunais seguirão abertos para processar os culpados pelos distúrbios

Policial e David Cameron: "a um ano das Olimpíadas, precisamos mostrar que o Reino Unido não destrói, mas cria; que não abandona, mas resiste" (Jeff J Mitchell - WPA Pool/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 09h34.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse nesta quinta-feira diante do Parlamento que fará "todo o necessário" para restaurar a ordem e os tribunais seguirão abertos para processar os culpados pelos distúrbios.

"Precisamos mostrar ao mundo, horrorizado com o que aconteceu, que os responsáveis pelos distúrbios não representam o país e nossa juventude", e que, a um ano dos Jogos Olímpicos de Londres, o Reino Unido "resiste" e "não abandona", disse.

O premiê fez uma declaração diante do Parlamento britânico, reunido em sessão extraordinária por conta da onda de violência iniciada em Londres no sábado e que nos últimos dias se estendeu para outras cidades inglesas, com por volta de 1,5 mil presos.

"Todo país está impressionado com as terríveis cenas de pessoas saqueando, violência, vandalismo e roubos", indicou David Cameron, que voltou a qualificar os distúrbios como "delinquência pura".

Cameron classificou a onda de violência vivida no país como "injustificável" e afirmou que as autoridades estão atuando "de forma decisiva" para restabelecer a ordem nas ruas, o que teria resultado na calma registrada na noite de quarta-feira.

A Polícia continuará nas ruas com um elevado número de efetivos durante este fim de semana, afirmou.

"Não permitiremos que uma cultura do medo exista em nossas ruas, faremos tudo o que for necessário para restaurar a lei e a ordem e para reconstruir nossas comunidades", declarou.

David Cameron se referiu também à proximidade dos Jogos Olímpicos de Londres, que começam em 27 de julho de 2012 e nos quais a segurança é o grande desafio.

"A um ano das Olimpíadas, precisamos mostrar que o Reino Unido não destrói, mas cria; que não abandona, mas resiste, e que não olha para trás, mas adiante", concluiu.

O chefe do governo britânico indicou ainda que não haverá "complacência" diante da violência nas ruas e que a Polícia terá toda a autoridade legal que precisar para fazer frente aos arruaceiros, aos quais qualificou como "delinquentes".

Cameron afirmou que muitos dos causadores são jovens "de famílias desestruturadas" e membros de gangues, que são os únicos responsáveis pelos distúrbios.

"Nós os buscaremos, encontraremos, processaremos e puniremos", afirmou o premiê, que nos últimos dias endureceu seu tom devido à gravidade da violência registrada no país.

Os tribunais britânicos, que há dois dias vêm operando durante a noite, se mostraram efetivos para fazer justiça e receberão todos os poderes necessários para que possam continuar fazendo, acrescentou o primeiro-ministro.

Em sua resposta, o líder da oposição, o trabalhista Ed Miliband, ecoou a necessidade de dar aos responsáveis o "castigo que merecem e que o povo espera", mas alertou que a classe política não deve esquecer sua responsabilidade com os jovens.

"Não podemos perdê-los", afirmou Miliband, em discurso conciliador com o governo e no qual se questionou quanto às razões da violência gerada.

O líder da oposição também recomendou a constituição de uma comissão independente que analise o ocorrido, recolha depoimentos dos afetados e busque soluções para que estas situações não voltem a se repetir.

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Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse nesta quinta-feira diante do Parlamento que fará "todo o necessário" para restaurar a ordem e os tribunais seguirão abertos para processar os culpados pelos distúrbios.

"Precisamos mostrar ao mundo, horrorizado com o que aconteceu, que os responsáveis pelos distúrbios não representam o país e nossa juventude", e que, a um ano dos Jogos Olímpicos de Londres, o Reino Unido "resiste" e "não abandona", disse.

O premiê fez uma declaração diante do Parlamento britânico, reunido em sessão extraordinária por conta da onda de violência iniciada em Londres no sábado e que nos últimos dias se estendeu para outras cidades inglesas, com por volta de 1,5 mil presos.

"Todo país está impressionado com as terríveis cenas de pessoas saqueando, violência, vandalismo e roubos", indicou David Cameron, que voltou a qualificar os distúrbios como "delinquência pura".

Cameron classificou a onda de violência vivida no país como "injustificável" e afirmou que as autoridades estão atuando "de forma decisiva" para restabelecer a ordem nas ruas, o que teria resultado na calma registrada na noite de quarta-feira.

A Polícia continuará nas ruas com um elevado número de efetivos durante este fim de semana, afirmou.

"Não permitiremos que uma cultura do medo exista em nossas ruas, faremos tudo o que for necessário para restaurar a lei e a ordem e para reconstruir nossas comunidades", declarou.

David Cameron se referiu também à proximidade dos Jogos Olímpicos de Londres, que começam em 27 de julho de 2012 e nos quais a segurança é o grande desafio.

"A um ano das Olimpíadas, precisamos mostrar que o Reino Unido não destrói, mas cria; que não abandona, mas resiste, e que não olha para trás, mas adiante", concluiu.

O chefe do governo britânico indicou ainda que não haverá "complacência" diante da violência nas ruas e que a Polícia terá toda a autoridade legal que precisar para fazer frente aos arruaceiros, aos quais qualificou como "delinquentes".

Cameron afirmou que muitos dos causadores são jovens "de famílias desestruturadas" e membros de gangues, que são os únicos responsáveis pelos distúrbios.

"Nós os buscaremos, encontraremos, processaremos e puniremos", afirmou o premiê, que nos últimos dias endureceu seu tom devido à gravidade da violência registrada no país.

Os tribunais britânicos, que há dois dias vêm operando durante a noite, se mostraram efetivos para fazer justiça e receberão todos os poderes necessários para que possam continuar fazendo, acrescentou o primeiro-ministro.

Em sua resposta, o líder da oposição, o trabalhista Ed Miliband, ecoou a necessidade de dar aos responsáveis o "castigo que merecem e que o povo espera", mas alertou que a classe política não deve esquecer sua responsabilidade com os jovens.

"Não podemos perdê-los", afirmou Miliband, em discurso conciliador com o governo e no qual se questionou quanto às razões da violência gerada.

O líder da oposição também recomendou a constituição de uma comissão independente que analise o ocorrido, recolha depoimentos dos afetados e busque soluções para que estas situações não voltem a se repetir.

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