Mundo

Cameron: distúrbios mostraram o melhor e o pior do Reino Unido

Apesar das violências nas ruas britânicas, o premiê destacou a mobilização de pessoas que se uniram nas operações de limpeza das ruas e demonstraram apoio à polícia

David Cameron, primeiro-ministro do Reino Unido, conversa com uma policial após protestos: "necessitávamos de uma resposta e respondemos com firmeza" (AFP/POOL / Stefan Rousseau)

David Cameron, primeiro-ministro do Reino Unido, conversa com uma policial após protestos: "necessitávamos de uma resposta e respondemos com firmeza" (AFP/POOL / Stefan Rousseau)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 09h13.

Londres - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse nesta quarta-feira que a atual onda de violência nas ruas mostrou "o pior" e "o melhor" do Reino Unido.

"Não permitiremos que uma cultura do medo prevaleça em nossas ruas", declarou o governante.

Após ressaltar que houve uma melhoria na situação das ruas de Londres na noite de terça-feira, ele acrescentou: "Necessitávamos de uma resposta e respondemos com firmeza".

Pelo segundo dia consecutivo, Cameron presidiu em Downing Street uma reunião de seu Gabinete de crise para avaliar a resposta à onda de violência nas ruas, que resultou na detenção de 768 pessoas em Londres.

Cameron afirmou que a Polícia poderia utilizar métodos mais contundentes como canhões de água ou balas de borracha para dispersar os responsáveis pelos distúrbios, que de Londres expandiram para cidades como Manchester, Liverpool e Birmingham.

"Todos os métodos que a Polícia necessite usar terão autorização legal", ressaltou.

Em declaração diante de sua residência, Cameron reconheceu que "há coisas que realmente não funcionam em nossa sociedade" e, ao ser perguntado sobre se a resposta das autoridades aos distúrbios iniciados no sábado em Londres foi lenta, disse que o sucedido impõe "um desafio novo".

O primeiro-ministro destacou que, nas últimas 24 horas, a Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres) adotou uma posição "mais contundente" e mobilizou 16 mil agentes na capital britânica, o que permitiu que a cidade tivesse uma noite "mais calma".

"Há mais policiais nas ruas, houve mais detenções e mais gente acusada e processada", afirmou.

Cameron mostrou-se preocupado pelo fato de alguns dos participantes dos protestos terem "12 ou 13 anos" e lembrou que as câmeras de segurança instaladas nas ruas permitirão identificar novos responsáveis pelos distúrbios.

"Os criminosos serão identificados e detidos", afirmou.

O chefe do Governo britânico disse que os distúrbios são causados por "uma cultura de falta de responsabilidade", tanto dos jovens quanto de seus pais.

"Vimos o pior do Reino Unido, mas acho que também vimos o melhor do Reino Unido, como o milhão de pessoas que manifestaram através do Facebook seu apoio à Polícia e se uniram nas operações de limpeza das ruas", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:EuropaLondresMetrópoles globaisPaíses ricosPolítica no BrasilProtestosReino UnidoViolência urbana

Mais de Mundo

FAB deve auxiliar autoridades do Cazaquistão sobre queda de avião fabricado pela Embraer

Trump anuncia embaixador no Panamá e insiste que EUA estão sendo 'roubados' no canal

Japan Airlines restabelece sistema após sofrer ciberataque

Oposição sul-coreana apresenta moção de impeachment do presidente interino