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Cameron e Clegg apresentam detalhes de seu histórico acordo de coalizão

O acordo de 34 páginas estabelece as políticas que serão realizadas em 31 áreas que vão da economia até a educação

O novo primeiro-ministro britânico e seu número dois revelaram dados do novo acordo (.)

O novo primeiro-ministro britânico e seu número dois revelaram dados do novo acordo (.)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2010 às 23h50.

Londres - O novo primeiro-ministro britânico, o conservador David Cameron, e seu número dois, o liberal democrata Nick Clegg, revelaram nesta quinta-feira os detalhes de seu acordo para governar em coalizão, em um documento que ambos classificaram de histórico.

Os dois admitiram que seus partidos tiveram que sacrificar algumas políticas previstas em seus programas, mas se mostraram convencidos do potencial desse casamento de conveniência depois da eleição em 6 de maio passado de um parlamento dominado pelos conservadores, mas sem maioria absoluta.

"Quanto mais falamos, quanto mais ouvimos, mais nos damos conta de que nossas visões para o futuro e os valores que as inspiraram estão fortalecidas e aumentadas pela união dos dois partidos", declarou Cameron.

"Os compromissos fortaleceram, não enfraqueceram o resultado final", acrescentou Clegg.

O acordo de 34 páginas estabelece as políticas que serão realizadas em 31 áreas que vão da economia até a educação, passando pela saúde, liberdades civis e, inclusive, a transparência de governo.

A prioridade mais urgente será a economia e, em particular, a redução do déficit.

No âmbito da Europa, tema de profunda divisão entre os eurocéticos conservadores e os europeístas liberais democratas, o governo se compromete em desempenhar um papel de liderança e se declara partidário de novos ampliações, mas, ao mesmo tempo, anuncia que não transferirá "mais poderes a Bruxelas sem um referendo", e reafirma que não adotará o euro.

Quanto às Relações Exteriores, se compromete em apoiar as tropas britânicas no Afeganistão e em outros lugares do mundo, manter uma relação forte e franca com os Estados Unidos e apoiar a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que inclua cinco novos membros, entre eles o Brasil.

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