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Cameron amplia poderes da polícia após uma noite sem distúrbios

O premiê britânico anunciou que os agentes policiais terão o poder de retirar panos, máscaras e capuzes utilizados para esconder os rostos das pessoas suspeitas

Cameron: "minha responsabilidade é garantir que consideramos todas as eventualidades, incluindo se há tarefas que o Exército pode garantir" (AFP)
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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 13h29.

Londres - O primeiro-ministro britânico David Cameron revelou nesta quinta-feira novas medidas para conter os distúrbios, sem descartar o recurso ao Exército no futuro, depois que o país teve sua primeira noite de calma após quatro dias consecutivos de violência.

Diante do Parlamento reunido em sessão extraordinária, Cameron anunciou a ampliação dos poderes dos policiais, dando à corporação o poder de retirar panos, máscaras e capuzes utilizados para esconder os rostos das pessoas suspeitas de atividades criminosas.

Vários saqueadores semearam o terror nos últimos dias em diversas cidades da Inglaterra escondendo seus rostos, o que complicou sua identificação pelas câmeras de vídeo.

Frente aos tumultos, que deixaram quatro mortos, as autoridades refletem também as condições do estabelecimento de um cessar-fogo, acrescentou o primeiro-ministro conservador, que não descartou o recurso ao Exército no futuro.

"Minha responsabilidade é garantir que consideramos todas as eventualidades, incluindo se há tarefas que o Exército pode garantir e que daria mais liberdade à polícia na linha de frente", declarou Cameron, que já havia anunciado no início da semana um grande reforço da polícia e o possível recurso aos canhões d'água.

Em um discurso firme, o chefe de governo, que encurtou suas férias na terça-feira, condenou "a criminalidade pura e simples" dos revoltosos. Não se trata "de política, nem de manifestação, mas de roubo",considerou.

A morte de um homem, alvejado pela polícia na semana passada em Londres, foi "utilizada como desculpa por bandidos oportunistas", afirmou.


Os revoltosos depredaram de sábado a quarta-feira várias lojas e incendiaram prédios em diversas cidades da Inglaterra, incluindo Londres, que vai sediar os Jogos Olímpicos de 2012.

"A um ano dos Jogos, temos que mostrar que o Reino Unido não é um país que destrói, mas um país que constrói, que não baixa os braços, um país que enfrenta, que não olha para trás, mas sempre para a frente", disse Cameron.

A fatura dos episódios de violência urbana vai superar amplamente a faixa dos 225 milhões de euros (321 milhões de dólares), segundo dados provisórios apresentados nesta quinta-feira por seguradoras e associações profissionais. O governo anunciou a criação de um fundo de 22 milhões de euros (32 milhões de dólares) para auxiliar os comerciantes que tiveram suas lojas atacadas.

Pela primeira vez desde o início da onda de violência no sábado, nenhum incidente foi registrado na quarta-feira à noite no Reino Unido, onde um grande aparato policial e a chuva parecem ter dissuadido as pessoas que semeavam o pânico.

Mas a polícia, que efetuou no país mais de 1.200 detenções ligadas aos episódios de violência, continuava nesta quinta-feira a deter supostos arruaceiros. Em Londres, a corporação efetuou buscas para aplicar 100 mandados de prisão, segundo a Scotland Yard.

Para dar conta do grande número de julgamentos, os tribunais foram mantidos abertos durante a noite. Entre os detidos estão um garoto de 11 anos que reconheceu ter roubado uma lata de lixo no valor de 57 euros (81 dólares) e uma funcionária de jardim de infância, também acusada de roubo, que assumiu sua culpa.

Nos bairros desfigurados pelos tumultos, os piores já registrados no país em décadas, a vida voltava lentamente ao normal nesta quinta.

Em Ealing, área residencial do oeste de Londres, uma cafeteria, cuja vitrine quebrada foi substituída por pranchas de madeira, estava aberta. "O bairro se recupera rapidamente", disse o dono do estabelecimento, Hussein Hagg.

Apesar destes sinais de volta ao normal, os riscos de tumultos ainda são grandes. O ambiente ainda tenso levou a Liga Inglesa de Futebol a adiar a partida da primeira rodada do Campeonato Inglês, que seria realizada no sábado em Londres entre Everton e Tottenham, time que recebe o nome do bairro onde os distúrbios começaram no final de semana passado.

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Londres - O primeiro-ministro britânico David Cameron revelou nesta quinta-feira novas medidas para conter os distúrbios, sem descartar o recurso ao Exército no futuro, depois que o país teve sua primeira noite de calma após quatro dias consecutivos de violência.

Diante do Parlamento reunido em sessão extraordinária, Cameron anunciou a ampliação dos poderes dos policiais, dando à corporação o poder de retirar panos, máscaras e capuzes utilizados para esconder os rostos das pessoas suspeitas de atividades criminosas.

Vários saqueadores semearam o terror nos últimos dias em diversas cidades da Inglaterra escondendo seus rostos, o que complicou sua identificação pelas câmeras de vídeo.

Frente aos tumultos, que deixaram quatro mortos, as autoridades refletem também as condições do estabelecimento de um cessar-fogo, acrescentou o primeiro-ministro conservador, que não descartou o recurso ao Exército no futuro.

"Minha responsabilidade é garantir que consideramos todas as eventualidades, incluindo se há tarefas que o Exército pode garantir e que daria mais liberdade à polícia na linha de frente", declarou Cameron, que já havia anunciado no início da semana um grande reforço da polícia e o possível recurso aos canhões d'água.

Em um discurso firme, o chefe de governo, que encurtou suas férias na terça-feira, condenou "a criminalidade pura e simples" dos revoltosos. Não se trata "de política, nem de manifestação, mas de roubo",considerou.

A morte de um homem, alvejado pela polícia na semana passada em Londres, foi "utilizada como desculpa por bandidos oportunistas", afirmou.


Os revoltosos depredaram de sábado a quarta-feira várias lojas e incendiaram prédios em diversas cidades da Inglaterra, incluindo Londres, que vai sediar os Jogos Olímpicos de 2012.

"A um ano dos Jogos, temos que mostrar que o Reino Unido não é um país que destrói, mas um país que constrói, que não baixa os braços, um país que enfrenta, que não olha para trás, mas sempre para a frente", disse Cameron.

A fatura dos episódios de violência urbana vai superar amplamente a faixa dos 225 milhões de euros (321 milhões de dólares), segundo dados provisórios apresentados nesta quinta-feira por seguradoras e associações profissionais. O governo anunciou a criação de um fundo de 22 milhões de euros (32 milhões de dólares) para auxiliar os comerciantes que tiveram suas lojas atacadas.

Pela primeira vez desde o início da onda de violência no sábado, nenhum incidente foi registrado na quarta-feira à noite no Reino Unido, onde um grande aparato policial e a chuva parecem ter dissuadido as pessoas que semeavam o pânico.

Mas a polícia, que efetuou no país mais de 1.200 detenções ligadas aos episódios de violência, continuava nesta quinta-feira a deter supostos arruaceiros. Em Londres, a corporação efetuou buscas para aplicar 100 mandados de prisão, segundo a Scotland Yard.

Para dar conta do grande número de julgamentos, os tribunais foram mantidos abertos durante a noite. Entre os detidos estão um garoto de 11 anos que reconheceu ter roubado uma lata de lixo no valor de 57 euros (81 dólares) e uma funcionária de jardim de infância, também acusada de roubo, que assumiu sua culpa.

Nos bairros desfigurados pelos tumultos, os piores já registrados no país em décadas, a vida voltava lentamente ao normal nesta quinta.

Em Ealing, área residencial do oeste de Londres, uma cafeteria, cuja vitrine quebrada foi substituída por pranchas de madeira, estava aberta. "O bairro se recupera rapidamente", disse o dono do estabelecimento, Hussein Hagg.

Apesar destes sinais de volta ao normal, os riscos de tumultos ainda são grandes. O ambiente ainda tenso levou a Liga Inglesa de Futebol a adiar a partida da primeira rodada do Campeonato Inglês, que seria realizada no sábado em Londres entre Everton e Tottenham, time que recebe o nome do bairro onde os distúrbios começaram no final de semana passado.

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