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Calendário político dita discurso de Obama ao Congresso

O discurso de Obama no Congresso está marcado para as 21h de terça-feira (0h de quarta-feira em Brasília)

Barack Obama (AFP / Brendan Smialowski)
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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2013 às 10h57.

Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama , faz na terça-feira seu discurso anual do Estado da União de olho no calendário político, quando ele corre contra o tempo para aprovar medidas que definam seu legado na Casa Branca.

Três meses depois de ser reeleito, o presidente democrata tenta aprovar projetos significativos em questões de economia, controle de armas e reforma imigratória, mas analistas dizem que ele terá apenas cerca de um ano para fazer isso.

Depois disso, afirmam eles, as atenções de Washington irão se voltar para a eleição legislativa de 2014, que pode colocar mais republicanos no Congresso e acelerar o processo de transformação de Obama em um "pato manco", como são chamados os presidentes que chegam ao fim de mandato sem poderem disputar novamente a reeleição.

"Ele basicamente tem um ano para grandes feitos legislativos, porque depois do primeiro ano você entra nas eleições do meio do mandato, que serão parcialmente um referendo sobre a sua presidência", disse Michele Swers, professora-associada de governo americano na Universidade Georgetown.

O discurso de Obama no Congresso, marcado para as 21h de terça-feira (0h de quarta-feira em Brasília), será uma chance para que o presidente impulsione sua pauta legislativa dentro dessa janela temporal limitada.

"Não quero dizer que será o último discurso importante que ele fará, mas a janela para um presidente em segundo mandato é bastante estreita", disse Tony Fratto, que foi porta-voz da Casa Branca no governo do republicano George W. Bush.

Diante de um desemprego ainda elevado e da iminência de um contingenciamento nos gastos públicos, fontes do governo dizem que Obama usará o pronunciamento, a ser visto por milhões de pessoas pela TV, para pressionar o Congresso a apoiar suas propostas de estímulo econômico.


A Casa Branca está ávida por mostrar que Obama tem tanto compromisso com a economia quanto com as reformas da imigração e do comércio de armas, e a maior parte do discurso deve ser dedicada a um tema que já dominou a campanha eleitoral de 2012: a ajuda à classe média.

O porta-voz presidencial Jay Carney disse na segunda-feira que o presidente vai apresentar as linhas gerais de um plano "parar criar empregos e ampliar a classe média".

"A principal preocupação dele como presidente tem sido a necessidade de inicialmente reverter o devastador declínio na nossa economia, e então colocá-la em uma trajetória na qual cresça de uma forma que ajude a classe média, a torne mais segura, e a faça se ampliar".

Mas, com uma Câmara dos Deputados dominada pela oposição republicana, Obama tem poucas chances de aprovar iniciativas econômicas de curto prazo que exijam gastos governamentais, segundo Jeffrey Bergstrand, professor de finanças da Universidade de Notre Dame e ex-economista do Federal Reserve (Banco Central dos EUA).

"O que provavelmente virá à tona é algo semelhante àquilo que ele propôs em 2011 e nunca aprovou", disse ele, referindo-se a propostas que concederiam mais verbas a governos estaduais e locais, e que também ampliariam os gastos em infraestrutura e pesquisa.

Assessores de Obama argumentam que sua ofensiva pela reforma imigratória também é uma questão econômica, e que o impulso por uma mudança nesse tema é maior do que em relação às outras prioridades do presidente.

O senador republicano Marco Rubio, um cubano-americano que defende a reforma imigratória - embora com um processo de legalização mais restritivo do que o sugerido por Obama - foi escolhido para emitir a resposta do seu partido ao discurso presidencial.

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Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama , faz na terça-feira seu discurso anual do Estado da União de olho no calendário político, quando ele corre contra o tempo para aprovar medidas que definam seu legado na Casa Branca.

Três meses depois de ser reeleito, o presidente democrata tenta aprovar projetos significativos em questões de economia, controle de armas e reforma imigratória, mas analistas dizem que ele terá apenas cerca de um ano para fazer isso.

Depois disso, afirmam eles, as atenções de Washington irão se voltar para a eleição legislativa de 2014, que pode colocar mais republicanos no Congresso e acelerar o processo de transformação de Obama em um "pato manco", como são chamados os presidentes que chegam ao fim de mandato sem poderem disputar novamente a reeleição.

"Ele basicamente tem um ano para grandes feitos legislativos, porque depois do primeiro ano você entra nas eleições do meio do mandato, que serão parcialmente um referendo sobre a sua presidência", disse Michele Swers, professora-associada de governo americano na Universidade Georgetown.

O discurso de Obama no Congresso, marcado para as 21h de terça-feira (0h de quarta-feira em Brasília), será uma chance para que o presidente impulsione sua pauta legislativa dentro dessa janela temporal limitada.

"Não quero dizer que será o último discurso importante que ele fará, mas a janela para um presidente em segundo mandato é bastante estreita", disse Tony Fratto, que foi porta-voz da Casa Branca no governo do republicano George W. Bush.

Diante de um desemprego ainda elevado e da iminência de um contingenciamento nos gastos públicos, fontes do governo dizem que Obama usará o pronunciamento, a ser visto por milhões de pessoas pela TV, para pressionar o Congresso a apoiar suas propostas de estímulo econômico.


A Casa Branca está ávida por mostrar que Obama tem tanto compromisso com a economia quanto com as reformas da imigração e do comércio de armas, e a maior parte do discurso deve ser dedicada a um tema que já dominou a campanha eleitoral de 2012: a ajuda à classe média.

O porta-voz presidencial Jay Carney disse na segunda-feira que o presidente vai apresentar as linhas gerais de um plano "parar criar empregos e ampliar a classe média".

"A principal preocupação dele como presidente tem sido a necessidade de inicialmente reverter o devastador declínio na nossa economia, e então colocá-la em uma trajetória na qual cresça de uma forma que ajude a classe média, a torne mais segura, e a faça se ampliar".

Mas, com uma Câmara dos Deputados dominada pela oposição republicana, Obama tem poucas chances de aprovar iniciativas econômicas de curto prazo que exijam gastos governamentais, segundo Jeffrey Bergstrand, professor de finanças da Universidade de Notre Dame e ex-economista do Federal Reserve (Banco Central dos EUA).

"O que provavelmente virá à tona é algo semelhante àquilo que ele propôs em 2011 e nunca aprovou", disse ele, referindo-se a propostas que concederiam mais verbas a governos estaduais e locais, e que também ampliariam os gastos em infraestrutura e pesquisa.

Assessores de Obama argumentam que sua ofensiva pela reforma imigratória também é uma questão econômica, e que o impulso por uma mudança nesse tema é maior do que em relação às outras prioridades do presidente.

O senador republicano Marco Rubio, um cubano-americano que defende a reforma imigratória - embora com um processo de legalização mais restritivo do que o sugerido por Obama - foi escolhido para emitir a resposta do seu partido ao discurso presidencial.

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