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Calderón quer mudar o nome oficial do México

Presidente, que prometeu seguir governando até o último dia de seu mandato, quer que o país seja reconhecido apenas pelo nome de México e não pelo oficial

Calderón: ''É um assunto de maior importância porque o nome de um país expressa uma relação simbólica com tudo aquilo que designa'' (Chip Somodevilla/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2012 às 17h43.

México - Restando apenas nove dias para deixar o poder, o presidente mexicano, Felipe Calderón, anunciou nesta quinta-feira que apresentará uma iniciativa perante ao Parlamento para reformar a Constituição e, com ''beleza e singeleza'', mudar o nome oficial do país.

Calderón, que prometeu seguir governando até o último dia de seu mandato, o 30 de novembro, quer que o país seja reconhecido apenas pelo nome de México e não pelo oficial, Estados Unidos Mexicanos.

''É um assunto de maior importância porque o nome de um país expressa uma relação simbólica com tudo aquilo que designa, com sua gente, com suas origens, com sua cultura, com seus costumes e, sobretudo, com sua identidade'', afirmou o presidente aos jornalistas em um discurso na residência oficial dos Pinheiros.

Calderón explicou que vai apresentar ao Congresso um projeto de decreto para que haja uma reforma de todas aquelas disposições constitucionais que fazem referência à denominação oficial do país.

O líder lembrou que quando México obteve sua independência da Espanha foram propostos nomes como América Setentrional de Morelos, América Mexicana, Império Mexicano, Nação Mexicana, Anáhuac, República dos Estados de Anáhuac, República do México, México, República Mexicana e Estados Unidos Mexicanos.

Após a Constituição de 1824, este último acabou sendo escolhido ''como um paradigma aos Estados Unidos da América, que nesse momento eram, na opinião de alguns constituintes, o exemplo de democracia e da liberdade a ser seguido''.


''O México não necessita de um nome que se remete a outro país, sendo que nenhum de nós, os mexicanos, usa esse nome cotidianamente'', completou Calderón, que assegurou que os mexicanos sempre se referem a sua pátria como México e que o nome de Estados Unidos Mexicanos foi reduzido aos documentos oficiais e certos atos protocolares.

''É tempo dos mexicanos retomarem a beleza e singeleza do nome de nossa pátria: México. Um nome que cantamos, que nos alegra, que nos identifica, que nos enche de orgulho'', insistiu o presidente.

Apesar de ter argumentado sobre essa possibilidade de troca, o governante não explicou por que propõe uma reforma constitucional de importância tão simbólica quando lhe faltam apenas poucos dias para deixar o poder.

A proposta, quando chegar ao Parlamento, terá que ser analisada em comissão e, posteriormente, ser aprovada pelas duas câmaras.

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México - Restando apenas nove dias para deixar o poder, o presidente mexicano, Felipe Calderón, anunciou nesta quinta-feira que apresentará uma iniciativa perante ao Parlamento para reformar a Constituição e, com ''beleza e singeleza'', mudar o nome oficial do país.

Calderón, que prometeu seguir governando até o último dia de seu mandato, o 30 de novembro, quer que o país seja reconhecido apenas pelo nome de México e não pelo oficial, Estados Unidos Mexicanos.

''É um assunto de maior importância porque o nome de um país expressa uma relação simbólica com tudo aquilo que designa, com sua gente, com suas origens, com sua cultura, com seus costumes e, sobretudo, com sua identidade'', afirmou o presidente aos jornalistas em um discurso na residência oficial dos Pinheiros.

Calderón explicou que vai apresentar ao Congresso um projeto de decreto para que haja uma reforma de todas aquelas disposições constitucionais que fazem referência à denominação oficial do país.

O líder lembrou que quando México obteve sua independência da Espanha foram propostos nomes como América Setentrional de Morelos, América Mexicana, Império Mexicano, Nação Mexicana, Anáhuac, República dos Estados de Anáhuac, República do México, México, República Mexicana e Estados Unidos Mexicanos.

Após a Constituição de 1824, este último acabou sendo escolhido ''como um paradigma aos Estados Unidos da América, que nesse momento eram, na opinião de alguns constituintes, o exemplo de democracia e da liberdade a ser seguido''.


''O México não necessita de um nome que se remete a outro país, sendo que nenhum de nós, os mexicanos, usa esse nome cotidianamente'', completou Calderón, que assegurou que os mexicanos sempre se referem a sua pátria como México e que o nome de Estados Unidos Mexicanos foi reduzido aos documentos oficiais e certos atos protocolares.

''É tempo dos mexicanos retomarem a beleza e singeleza do nome de nossa pátria: México. Um nome que cantamos, que nos alegra, que nos identifica, que nos enche de orgulho'', insistiu o presidente.

Apesar de ter argumentado sobre essa possibilidade de troca, o governante não explicou por que propõe uma reforma constitucional de importância tão simbólica quando lhe faltam apenas poucos dias para deixar o poder.

A proposta, quando chegar ao Parlamento, terá que ser analisada em comissão e, posteriormente, ser aprovada pelas duas câmaras.

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