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Caça ucraniano pode ter derrubado avião malaio, diz Rússia

Investigadores chegaram a conclusão após ouvir o depoimento de um militar ucraniano que "abandonou voluntariamente sua unidade e entrou no território da Rússia"


	Destroços do avião da Malaysia Airlines: Rússia diz que caça ucraniano teria derrubado o avião malaio
 (Alexander Khudoteply/AFP)

Destroços do avião da Malaysia Airlines: Rússia diz que caça ucraniano teria derrubado o avião malaio (Alexander Khudoteply/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 07h50.

Moscou - O Comitê de Instrução (CI) da Rússia declarou nesta quarta-feira que um caça ucraniano modelo Si-25 "pode ter derrubado" em 17 de julho o Boeing da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, região controlada pelas milícias separatistas pró-russas, incidente que matou as 298 pessoas a bordo.

Segundo o porta-voz do CI, Vladimir Markin, os investigadores chegaram a essa conclusão após ouvir o depoimento de um militar ucraniano que "abandonou voluntariamente sua unidade e entrou no território da Rússia".

Em suas declarações, disse que "o avião de passageiros Boeing-777 que fazia o voo MH-17 pode ter sido derrubado por um avião militar Si-25 da Força Aérea da Ucrânia pilotado pelo capitão Voloshin".

O porta-voz do CI acrescentou que a identidade do militar ucraniano que deu esta informação está sendo mantida em sigilo para garantir sua segurança.

"Por quanto a testemunha pode correr perigo, a instrução estuda a possibilidade de incorporá-lo ao programa estatal de proteção de testemunhas", explicou.

Segundo Markin, "os fatos e dados que a testemunha tem e que narrou claramente, sem se confundir, convenceram os investigadores de que suas declarações são verazes, o que, a propósito, foi ratificado pelo teste do polígrafo".

O voo MH17 da Maylasia Airlines fazia a rota entre Amsterdã - Kuala Lumpur e sobrevoava o leste da Ucrânia quando foi abatido, supostamente por um míssil dos rebeldes ucranianos pró-Rússia.

Os destroços do Boeing caíram em na área controlada pelas milícias separatistas pró-russas.

As autoridades ucranianas acusaram os separatistas, que, por sua vez, negaram possuir armamento capaz de abater um alvo na altura em que o avião da Malaysia Airlines voava.

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