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Cabral: PMDB tem que discutir políticas, e não cargos

O governador do Rio de Janeiro afirma que esta é a posição da maioria dos integrantes do partido

Cabral nega que o PMDB fluminense negociará cargos no novo governo (Wikimedia Commons)

Cabral nega que o PMDB fluminense negociará cargos no novo governo (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2010 às 16h39.

Aliado da presidente eleita Dilma Rousseff, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, defendeu hoje uma mudança de postura de seu partido, o PMDB, no novo governo do PT. Em discurso realizado durante a inauguração da estação Cidade Nova do metrô, Cabral disse que o PMDB não será um "partido de coação". "Se alguém acha que o PMDB vai ser um partido de coação, não. O PMDB é um partido de apoio", disse. "O PMDB é um partido que tem de se notabilizar a partir de agora como um partido que discute políticas públicas e não cargos."

"A partir de políticas públicas é que nós podemos construir um governo de coalizão e não a partir de nomes. Temos de dar liberdade à presidente Dilma para governar esse País. Respeitando a coalizão, mas com liberdade de escolha", afirmou Cabral.

Segundo o governador, este é o posicionamento da maioria dos integrantes do partido, entre eles o vice-presidente eleito, Michel Temer. "Eu tenho certeza que, com o Michel e os companheiros que pensam dessa maneira, que é a maioria, nós vamos construir uma política pública diferenciada, como já estamos construindo."

Negando que o PMDB fluminense negociará cargos no novo governo, Cabral, por outro lado, ressaltou a importância do Rio na eleição da petista. "Quando, na história desse País, numa campanha presidencial, teve um candidato dando exemplos positivos do Rio de Janeiro? O Rio foi citado na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas, na conquista da Olimpíada. Isso é um fenômeno novo", afirmou.

O governador lembrou que apoiou a candidatura de Dilma desde o início e nos momentos difíceis. "Eu me manifestei ao lado dela quando começou aquela conversa sobre a iminência da doença. Perguntaram se iríamos ter plano A, plano B. Eu disse: 'Nós temos plano D, plano Dilma'. Ela sempre contou com a minha confiança. A Dilma é o melhor quadro do serviço federal desse País. Foi a melhor ministra da história do presidente Lula. O presidente Lula escolheu a pessoa correta."

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