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Busca por avião da Malásia se volta para o fundo do mar

Equipamento da Marinha norte-americana especializado na detecção de caixas-pretas começou a ser usado no Índico


	Avião australiano realizas busca pelos destroços do voo MH370: satélites indicam que ele fez uma brusca mudança de rota e passou a viajar numa direção que o levaria ao oceano Índico
 (Richard Wainwright/AFP)

Avião australiano realizas busca pelos destroços do voo MH370: satélites indicam que ele fez uma brusca mudança de rota e passou a viajar numa direção que o levaria ao oceano Índico (Richard Wainwright/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 10h24.

Perth - A busca pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines em áreas remotas do oceano Índico se tornou submarina nesta sexta-feira, quando um equipamento da Marinha norte-americana especializado na detecção de caixas-pretas começou a ser usado no local.

Há pressa na operação, já que a bateria do dispositivo que emite sinais de localização da caixa-preta deve se esgotar nos próximos dias.

Autoridades da Austrália, país que serve de base para as buscas, disseram que o chamado Localizador Rebocado de Sinais será puxado pelo navio local HMAS Ocean Shield, fazendo buscas numa rota convergente de 240 quilômetros com o navio britânico de pesquisas HMS Echo.

O voo MH370 desapareceu em 8 de março, cerca de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim. Radares e satélites indicam que ele fez uma brusca mudança de rota e passou a viajar numa direção que o levaria ao oceano Índico, a oeste da Austrália, mas não há pistas que expliquem o que aconteceu.

"A área de maior probabilidade quanto a onde a aeronave pode ter entrado na água é a área onde a busca submarina irá começar", disse a jornalistas em Perth o brigadeiro da reserva Angus Houston, diretor da agência australiana que comanda as buscas.

Segundo ele, a caixa-preta emite um sinal durante até 30 dias -- prazo que se completa na segunda-feira.

Especialistas alertam que o equipamento localizador dos EUA terá utilidade limitada se não for usado perto de onde está a caixa-preta, e observam que seu uso fica ainda mais restrito por causa da demora em rebocá-lo de um ponto para outro.

Houston disse que o uso do equipamento não elimina a busca por destroços flutuantes na superfície, onde, segundo ele, "ainda há uma grande possibilidade de encontrar alguma coisa", o que orientaria melhor a busca submarina.

Na sexta-feira, até 14 aviões e nove barcos vasculham uma área de aproximadamente 223 mil quilômetros quadrados (equivalente ao Estado de Roraima), cerca de 1.680 quilômetros a nor-noroeste de Perth, segundo o militar.

A Grã-Bretanha também está enviando à região o submarino nuclear HMS Tireless, equipado com sonar, e uma fragata da Malásia deve chegar no sábado.

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