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Busca é feita na casa do dono de arma que matou Nisman

Juíza da Argentina ordenou uma busca na casa de Diego Lagomarsino, que trabalhava com Nisman e que é dono da arma da qual saiu o disparo que matou o promotorf


	Passeata em homenagem ao promotor Alberto Nisman em Buenos Aires
 (AFP/ Juan Mabromata)

Passeata em homenagem ao promotor Alberto Nisman em Buenos Aires (AFP/ Juan Mabromata)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 23h58.

Buenos Aires - Uma juíza da Argentina ordenou nesta segunda-feira uma busca na casa de Diego Lagomarsino, o técnico em informática que trabalhava com Alberto Nisman e que é dono da arma da qual saiu o disparo que matou o promotor.

A busca foi ordenada pela juíza Fabiana Palmaghini e foi realizada por uma equipe da Polícia Metropolitana de Buenos Aires na casa que Lagomarsino tem na cidade de Martínez, na periferia norte da capital argentina.

Nisman, que investigava o atentado de 1994 contra a associação mutual judaica Amia, foi encontrado morto com um tiro na cabeça, em seu apartamento em 18 de janeiro, quatro dias após denunciar à presidente argentina, Cristina Kirchner, por suposto acobertamento dos iranianos acusados pelo ataque.

A arma da qual saiu o disparo que matou Nisman foi entregue ao promotor por Lagomarsino, segundo reconheceu o próprio técnico em informática, que prestava serviços para a procuradoria a cargo do caso Amia.

Lagomarsino, único acusado no caso, esteve no apartamento de Nisman no sábado, 17 de janeiro.

Segundo relatório dos peritos da denúncia, divulgado na semana passada e que assegura que a morte foi um homicídio e não um acidente ou um suicídio, Nisman poderia ter morrido no sábado e não no domingo, quando foi achado seu corpo.

Porém, a defesa de Lagomarsino assegura que o promotor estava vivo na manhã de domingo pois, afirma, utilizou seu computador.

O advogado de Lagomarsino, Maximiliano Rusconi, solicitou na manhã de hoje a retomada da perícia do computador e dos telefones celulares de Nisman que foi interrompida a pedido da denúncia.

Em declarações a meios de comunicação locais, Rusconi citou os resultados preliminares das perícias para assegurar que na manhã de 18 de janeiro houve uma 'conexão local' do computador de Nisman, algo que contradiz o horário de morte estimado pelos peritos de Sandra Arroyo Salgado, ex-esposa do promotor e querelante na causa. 

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