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Búlgaros protestam na "praia" contra férias dos deputados

Cerca de 200 pessoas improvisaram praia no parlamento da capital da Bulgária para criticar férias dos deputados


	Homem agita uma bandeira da Bulgária em frente ao Parlamento: onda de protestos começou em junho perante nomeação de conhecido empresário como chefe dos serviços secretos
 (Nikolay Doychinov/AFP)

Homem agita uma bandeira da Bulgária em frente ao Parlamento: onda de protestos começou em junho perante nomeação de conhecido empresário como chefe dos serviços secretos (Nikolay Doychinov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 11h06.

Sófia - Cerca de 200 pessoas transformaram nesta quarta-feira os arredores do Parlamento de Sófia em uma praia improvisada para criticar férias dos deputados búlgaros, em uma nova manifestação da onda de protestos contra as instituições que já dura 47 dias.

Toalhas, sombrinhas, piscinas infláveis, boias e até botes de borracha foram usados para recriar uma paisagem e bloquear o tráfego em frente ao edifício do Legislativo.

"Transferimos a praia para cá porque os deputados se preparam para sair de férias e ir para o litoral. E nós queremos demonstrar que não cansamos de protestar até sua renúncia", declarou à Agência Efe um dos participantes deste protesto, enquanto seus filhos se banhavam em uma piscina de plástico.

O Plenário do Parlamento votará nos próximos dias o começo da pausa estival, que está prevista para começar na próxima segunda-feira e se prolongar até finais de agosto.

Na sessão de hoje será debatida a aprovação de uma emenda ao Orçamento para 2013 que permite que o Governo faça empréstimos extras no valor de 500 milhões de euros para garantir os subsídios e ajudas sociais aos setores mais pobres da sociedade.

Ainda hoje, da mesma forma que nas últimas sete semanas, está prevista uma nova manifestação de protesto em frente à sede do Governo e do Parlamento para reivindicar a renúncia do Executivo.

A onda de protestos começou em meados de junho perante a nomeação, sem debate parlamentar, de um conhecido empresário como chefe dos serviços secretos.

Embora o Governo tenha voltado atrás perante as mostras de descontentamento social, os protestos continuaram contra o Executivo, e à classe política em seu conjunto, que é acusada de atender somente os interesses da oligarquia econômica e não dos cidadãos.

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