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Britânicos com dupla cidadania entrarão nos EUA, diz Johnson

Johnson compareceu na Câmara dos Comuns para esclarecer o efeito sobre os britânicos do veto migratório imposto pelo presidente dos EUA

Boris Johnson: ele insistiu que o governo da primeira-ministra, Theresa May, não compartilha com a política aplicada por Trump (Faisal Al Nasser/Reuters)
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EFE

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 16h29.

Londres - O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido , Boris Johnson, confirmou nesta segunda-feira que todos os cidadãos com passaporte britânico poderão entrar nos Estados Unidos , ainda que tenham outra nacionalidade vetada nesse país.

Johnson compareceu na Câmara dos Comuns para esclarecer o efeito sobre os britânicos do veto migratório imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e que afeta cidadãos de Líbia, Iêmen, Iraque, Irã, Sudão, Síria e Somália.

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"Como princípio geral, todos os possuidores de um passaporte britânico são bem-vindos nos Estados Unidos", independente de seu local de nascimento ou se têm outros passaportes, disse o ministro, que garantiu que a embaixada americana em Londres está ciente da situação.

Johnson insistiu que o governo da primeira-ministra, Theresa May, não compartilha com a política aplicada por Trump e "não adotaria esse enfoque", mas defendeu a necessidade de manter a relação bilateral.

"Esta relação nos beneficia muito", afirmou o titular das Relações Exteriores, que indicou que tanto ele como a ministra de Interior, Amber Rudd, conversaram com seus colegas americanos para expressar a posição do Reino Unido.

Trump assinou na última sexta-feira uma ordem executiva que suspende o programa de amparo a refugiados dos EUA durante 120 dias, com a finalidade de revisar seu procedimento e evitar a entrada de potenciais terroristas.

Além disso, o veto fecha as portas do país para a maioria de refugiados sírios por tempo indeterminado e suspende durante 90 dias a obtenção de vistos nesses sete países de maioria muçulmana por considerar seu histórico de terrorismo.

As medidas adotadas por Trump causaram furor no Reino Unido, onde a oposição política e mais de um milhão de cidadãos - que assinaram uma petição na internet - pediram à primeira-ministra que retire o convite ao presidente americano de realizar uma visita ao Reino Unido.

May convidou Trump a visitar o país em uma data ainda a ser agendada, com a rainha Elizabeth II como anfitriã, depois de se reunir na semana passada com ele na Casa Branca.

Estão previstas dezenas de manifestações no Reino Unido para protestar contra as medidas do presidente americano e a posição do governo britânico.

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