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Britânico é detido por importar nádegas de bronze de Saddam

O homem foi preso por ter violado uma lei de 2003 que proíbe a exportação de "qualquer bem cultural retirado ilegalmente do Iraque"

Nigel Ely exibe o fragmento de bronze da estátua recuperado em Bagdá (Andrew Yates/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 12h47.

Londres - A polícia britânica prendeu na quinta-feira um homem de 66 anos suspeito de ter retirado ilegalmente do Iraque um fragmento de estátua de bronze de Saddam Hussein, a parte correspondente às nádegas do ex-governante, depois da guerra.

O homem, cujo nome não foi revelado, foi preso por ter violado uma lei de 2003 que proíbe a exportação de "qualquer bem cultural retirado ilegalmente do Iraque", incluindo os objetos de importância arqueológica histórica, cultural ou religiosa.

O fragmento de bronze, de cerca de 60 cm, foi recuperado em Bagdá por Nigel Ely, um ex-soldado do regimento de elite britânico SAS, que presenciou a queda e a destruição da estátua por Marines americanos, após a deposição do líder iraquiano.

O soldado levou o objeto metálico à Grã-Bretanha e tentou vendê-lo no ano passado em um leilão, mas não conseguiu alcançar o preço de reserva, de 250 mil libras (389 mil dólares, 300 mil euros).

O homem, que foi detido e libertado sob fiança pela polícia em Derbyshire (norte da Inglaterra), está, ao que parece, vinculado a uma empresa que tentava encontrar um comprador para o "souvenir".

Interrogado também pela polícia sobre a estátua, Ely foi advertido de que se vendesse ou danificasse a peça de bronze seria denunciado judicialmente.

Ely se disse surpreso pela detenção do homem.

"É como ter um pedaço do Muro de Berlim: é um pedaço da história, mas não é um bem cultural", disse o veterano de 52 anos.

Ely contou que os Marines lhe entregaram o fragmento num momento em que Bagdá estava sob o controle dos Estados Unidos, e comentou: "como pode ser classificado como um bem cultural, se a estátua foi levantada pelo maior tirano depois de Átila?".

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O fragmento de bronze, de cerca de 60 cm, foi recuperado em Bagdá por Nigel Ely, um ex-soldado do regimento de elite britânico SAS, que presenciou a queda e a destruição da estátua por Marines americanos, após a deposição do líder iraquiano.

O soldado levou o objeto metálico à Grã-Bretanha e tentou vendê-lo no ano passado em um leilão, mas não conseguiu alcançar o preço de reserva, de 250 mil libras (389 mil dólares, 300 mil euros).

O homem, que foi detido e libertado sob fiança pela polícia em Derbyshire (norte da Inglaterra), está, ao que parece, vinculado a uma empresa que tentava encontrar um comprador para o "souvenir".

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Ely se disse surpreso pela detenção do homem.

"É como ter um pedaço do Muro de Berlim: é um pedaço da história, mas não é um bem cultural", disse o veterano de 52 anos.

Ely contou que os Marines lhe entregaram o fragmento num momento em que Bagdá estava sob o controle dos Estados Unidos, e comentou: "como pode ser classificado como um bem cultural, se a estátua foi levantada pelo maior tirano depois de Átila?".

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