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Brexit: May é acusada de comprar votos com fundo de desenvolvimento

Primeira ministra britânica anunciou fundo de 1,6 bilhão de libras para regiões desfavorecidas

May: britânica é acusada de criar fundo para persuadir fotos de parlamentares (Simon Dawson/Reuters)

May: britânica é acusada de criar fundo para persuadir fotos de parlamentares (Simon Dawson/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de março de 2019 às 12h36.

Última atualização em 4 de março de 2019 às 12h57.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou, nesta segunda-feira, a criação de um fundo bilionário de desenvolvimento para as regiões mais desfavorecidas, que a oposição qualificou de "suborno desesperado" para persuadir os deputados a apoiarem seu acordo do Brexit.

Dotado de 1,6 bilhão de libras (2,1 bilhões de dólares, 1,87 bilhão de euros), o fundo deve permitir "estimular a atividade econômica" nas zonas que "não desfrutaram os benefícios do crescimento do mesmo modo que regiões mais prósperas do país", afirmou seu governo.

Na apresentação da iniciativa, a própria May afirmou que "em todo o país, o voto da população a favor do Brexit foi a expressão de um desejo de mudança". "Durante tempo demais, a prosperidade não foi dividida de forma equitativa", reconheceu.

Mais da metade das ajudas ao desenvolvimento estarão destinadas a circunscrições do norte e do centro da Inglaterra, que votaram maciçamente a favor da saída da União Europeia no referendo de junho de 2016.

"Nossas cidades atravessam dificuldades devido a uma década de cortes orçamentários", denunciou John McDonnell, alto responsável do opositor Partido Trabalhista.

E considerou que "este fundo mostra o desespero de um governo que se vê reduzido a corromper os deputados para que apoiem" seu acordo do Brexit.

May se esforça, até agora sem sucesso, para obter uma maioria parlamentar para ratificar o acordo de saída concluído com Bruxelas em novembro.

O texto, que for rejeitado pelos deputados em janeiro, deve ser votado de novo até 12 de março.

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